3.ª Mostra Internacional de Cinema Virtual reúne 21 filmes inéditos

Filme “Neerja” (O Poder da Coragem)/Reprodução

 

Entre os dias 1 e 15 de dezembro acontece a terceira Mostra Internacional de Cinema Virtual, que traz 21 filmes inéditos no Brasil. A mostra é uma parceria do governo estadual e de consulados de 13 países  e será exibida pela plataforma de streaming #CulturaEmCasa. 

A mostra é uma oportunidade para o público conhecer gratuitamente a produção cinematográfica ao redor do mundo. 

Cuba, Índia, Cabo Verde e a província de Québec apresentam nesta edição o maior número de filmes, com três obras cada. Na sequência, aparecem Israel, Itália, Bélgica, França, Chile, Holanda, Espanha e Moldávia, que serão representados na mostra por uma produção.

A maioria dos filmes têm classificação indicativa livre, e apenas três são recomendados para maiores de 16 anos, como “O que arde” (Espanha) e os longas-metragens da Índia “Baahubali: O início” e “Baahubali: A conclusão”.

Nesta edição, Cuba traz três documentários, “Professora (Maestra)”, “Silvio Rodriguez – Mi Primera Tarea” e “A Gota d´Água”, que abordam o processo de alfabetização cubano nos anos 1960; a trajetória do cantor Silvio Rodriguez; e as dificuldades enfrentadas pela ilha em função do embargo dos EUA, respectivamente.

O consulado da Índia, por sua vez, escolheu três longas, “Neerja” (O Poder da Coragem), além de “Baahubali: O início” e “Baahubali: a conclusão”. “Neerja” é baseado na história real do sequestro de um avião pela organização terrorista Abu Nidal em 1986. Em “Baahubali: o início”, o menino Shivudu escapa da morte após o assassinato de seu pai, o rei Amarendra Baahubali. Essa foi considerada a obra mais cara da Índia, a um custo de US$ 40 milhões e o longa indiano de maior sucesso nos Estados Unidos.

Cabo Verde será representado na Mostra por dois documentários (“MAMA” e “Os 47’s, depoimentos que ficaram”) e um curta-metragem (“Mansu, Mansu”). Os dois documentários estrearam este ano em Cabo Verde. “MAMA” aborda a experiência de uma filha que registra a perda de memória da mãe e “Os 47,s, depoimentos que ficaram” retrata a fome que viveu o povo cabo-verdiano ao longo dos anos 40.

A província do Québec selecionou dois filmes experimentais “Kuujjuaq” (Confiança), de Sammy Gadbois que traz o olhar de um adolescente sobre sua vila natal e o documentário “Ute Kanata” (Aqui no Canadá), de Virginie Michel, que enfoca a importância dos povos aborígenes na formação do Canadá.

“Sublet” é um filme israelense de 2020. A obra, um drama LGBTQIAP+, é dirigida por Eytan Fox e estreou em abril de 2020 no Festival de Cinema de Tribeca (NY). No ano seguinte, entrou em cartaz na Europa.

O Consulado Italiano trouxe para a mostra “Il Giovane corsaro”, filme-documentário lançado este ano e que investiga a vida e obra de Pier Paolo Pasolini, um dos principais nomes do cinema da Itália.

“SpaceBoy”, da Bélgica, estreou no ano passado no Brasil e conta a história de um menino que constrói secretamente um balão de ar para provar para o pai que tudo é possível.

A França preferiu um filme de amor. “L´autre Continent” conta a história de Maria e Olivier, ambos com 30 anos, a única característica comum ao casal. De repente, os dois se encontram em Taiwan e, a partir daí, uma incrível história da força do amor acontece.

“C.R.A.Z.Y”, filme do Canadá, foi um sucesso de bilheteria e aborda os desafios de um filho homossexual, criado por um pai conservador.

O chileno “Cachimba” de 2014 é uma comédia, protagonizada por um casal que encontra uma coleção de quadros no interior de uma casa antiga.

O suspense “O número 10” foi lançado em mais de cem cinemas na Holanda em setembro do ano passado.  O filme, o décimo do cineasta Alex van Warmerdam, traz a história de Günter, encontrado em uma floresta alemã aos quatro anos e que cresce em uma família adotiva.

Vencedor do Prêmio do Júri da mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes, “O que arde” é o filme espanhol desta edição da Mostra Virtual. O longa fala de Amador Coro, condenado à prisão por ter provocado um incêndio. Com direção de Oliver Laxe, “O que arde” é o filme galego mais visto na Espanha e o primeiro a chegar a Cannes.

Por fim, a Moldávia, pequeno país do Leste Europeu, prova mais uma vez que é gigante em sua produção cinematográfica. Nesta mostra, participa com o documentário “O Pequeno País com um Grande Coração”. Lançado este ano, o filme explora o verdadeiro significado da hospitalidade por meio de uma história pouco conhecida. Neste ano, a Moldávia, um país com menos de 3 milhões de habitantes, recebeu mais de 450 mil refugiados ucranianos, que localmente eram conhecidos como ‘convidados’. A obra mostra como o país foi solidário à causa dos refugiados.

Para conferir a Mostra Internacional de Cinema Virtual, acesse o site www.culturaemcasa.com.br

 

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