46.ª Mostra de Cinema: crítica de “A Saída Está a Nossa Frente”

Imagem de divulgação

Por Tarcilio de Souza Barros 

O filme “A Saída Está na Nossa Frente”, com roteiro e direção de Bob Rice, se passa em Daggett, uma comunidade de 200 pessoas no deserto da Califórnia, onde o casal Mark e Tracy Stages moram em um trailer velho.

Vivendo próximo a uma mina aurífera desativada e atual reduto de velhos rituais, o casal vive sua vida num ambiente hostil, rodeados de velhos automóveis enferrujados, amontoados de máquinas de lavar roupa e todo tipo de quinquilharias descartadas em volta de sua moradia. É e nesse ambiente que criam sua filha Cassie. Porém, desejando dar-lhe uma vida melhor, Cassie se prepara para deixar a família e mudar para Los Angeles.

Quando Mark recebe o diagnóstico de uma doença terminal decide não contar à filha para não estragar os planos dela e seu desejo de mudança.

O diretor Bob Rice expõe um quadro nu do sistema americano, onde não vemos o cenário do esplêndido Way of Life Americano, mas um modus vivendus trágico, doloroso de como há aspectos miseráveis no rico país onde vivem.

O filme incomoda o espectador pela forma como essa família está submetida em sua pobreza, falta de esperança de um futuro melhor, para eles e sua filha, que ao final, ante a morte do pai, retorna ao mesmo status anterior renunciando a um mundo melhor.

Serviço 

Filme: A Saída Está a Nossa Frente (Way Out of Ahead of Us).

Dir./Rot. Bob Rice EUA – 2022 – Cor – 87 min. – Ficção

AVALIAÇÃO: Regular

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