47.ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo divulga premiados desta edição

Foto: Mario Miranda Filho

Em cerimônia que contou com  apresentação de Renata de Almeida e Serginho Groisman, a 47.ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo realizou a entrega dos prêmios desta edição do festival.

Entre os vencedores estão os filmes: “Quando Derreter”, “Samuel e a Luz”, “La Chimera”, “Da Cor e da Tinta”, “Somos Guardiões”, “A Metade de Nós”, “O Dia que Te Conheci”, “Afire”,  “Sem Coração” e “Saudade Fez Morada Aqui Dentro”.

Confira a lista completa dos títulos premiados.

Prêmio do Júri

Os filmes da seção Competição Novos Diretores mais votados pelo público foram submetidos ao Júri formado por Bárbara Raquel Paz, Enrica Fico Antonioni, Lenny Abrahamson, Mariëtte Rissenbeek e Welket Bungué, que escolheu “Quando Derreter”, de Veerle Baetens, como melhor filme de ficção e “Samuel e a Luz”, de Vinícius Girnys, como melhor documentário.

O Júri concedeu ainda menção honrosa para “Se Eu Pudesse Apenas Hibernar”, de Zoljargal Purevdash, e de melhor interpretação para Jaya (Asog). Todos receberam o Troféu Bandeira Paulista (uma criação da artista plástica Tomie Ohtake).

Prêmio do Público

O público da 47.ª Mostra escolheu, entre os estrangeiros, “La Chimera”, de Alice Rohrwacher, como melhor filme de ficção, e “Da Cor e da Tinta”, de Weimin Zhang, como melhor documentário. Entre os brasileiros, “Somos Guardiões”, de Edivan Guajajara, Chelsea Greene e Rob Grobman, recebeu o prêmio de melhor documentário e “A Metade de Nós”, de Flávio Botelho, o de melhor ficção.

A escolha do público é feita por votação. A cada sessão assistida, o espectador recebe uma cédula para votar com uma escala de 1 a 5, entregue sempre ao final do filme. O resultado proporcional dos filmes com maiores pontuações determina os vencedores.

Prêmio da Crítica

A imprensa especializada que cobre o evento e tradicionalmente confere o Prêmio da Crítica, também participou da premiação elegendo “O Dia que Te Conheci”, de André Novais Oliveira, como melhor filme brasileiro e “Afire”, de Christian Petzold, como o melhor entre os estrangeiros.

Prêmio da Abraccine

A Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) também realiza tradicionalmente uma premiação para filme brasileiro e nesta edição escolheu o melhor entre os realizados por diretoras estreantes. O eleito foi “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião.

Prêmio Netflix

Pela primeira vez, a Netflix entregou um prêmio de aquisição em um festival e escolheu um filme brasileiro participante da Mostra deste ano, que ainda não tinha contrato com um serviço de streaming, que será licenciado e exibido em mais de 190 países.   

O projeto premiado neste ano foi “Saudade Fez Morada Aqui Dentro”, do diretor Haroldo Borges.

Prêmio Paradiso

O prêmio do Projeto Paradiso oferecido pela primeira vez na Mostra dá apoio à distribuição nos cinemas a um dos filmes da seção Mostra Brasil que recebeu maior votação do público. O aporte serve para complementar a distribuição da obra nas salas de cinema brasileiras.

Para garantir que todo o Brasil tenha a oportunidade de enxergar de forma poética a força e a beleza dessa obra baiana premiada dentro e fora do país, a comissão concedeu o Prêmio Paradiso de estímulo à distribuição nacional ao filme “Saudade Fez Morada Aqui Dentro”, do diretor Haroldo Borges.

Prêmio Brada – Prêmio de Melhor Direção de Arte

O Coletivo de Diretoras de Arte do Brasil premia pela segunda vez na Mostra o trabalho de um diretor de arte que tenha se destacado no festival. Neste ano, Pamela Khadra recebeu o prêmio pela Direção de Arte do filme “Vale do Exílio”, pela sensibilidade ao retratar o universo das refugiadas sírias em solo libanês.

Prêmio Cultures Of Resistance (Creative Activism Award)

Ativistas retratados no documentário “Somos Guardiões”, dos diretores Chelsea Greene, Rob Grobman e Edivan Guajajara, receberam um prêmio inédito no Brasil: o Cultures of Resistance. O prêmio, de US$ 10 mil, é concedido aos guardiões da floresta das aldeias Tembé e Guajajara e à mídia indígena, exclusivamente para a compra de câmeras, drones e tecnologia adicional, e se destina a equipar os indígenas para melhor documentar e proteger a floresta amazônica em seus territórios. 

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