Acervo inédito de Vinícius de Moraes pode ser conferido online

Crédito: Acervo Digital Vinicius de Moraes/Direitos reservados

O compositor, diplomata, dramaturgo, jornalista, advogado e poeta Vinícius de Moraes (1913-1980) está com um acervo digital que reúne cerca de 11 mil itens, entre livros, manuscritos, correspondências e muitos outros documentos.

O projeto foi idealizado por Julia Moraes, neta do poeta, em parceria com Marcus Moraes, sobrinho-neto de Vinícius. Os documentos antes ficavam disponíveis apenas fisicamente no Arquivo-Museu de Literatura Brasileira, da Fundação Casa de Rui Barbosa, mas agora o público pode conhecer de forma virtual e gratuita através do site http://acervo.viniciusdemoraes.com.br/

O acervo está dividido em três séries: Correspondências, Produção INTELECTUAL e Documentos Diversos. O site tem ainda um mini documentário sobre Vinícius e uma série de seis podcasts baseados no livro “Caderno de Leituras Vinícius de Moraes” (2009), de Eucanãa Ferraz.

Segundo Julia Moraes, o acervo permite ao grande público entender os processos literários e criativos do avô. Em seus escritos é possível observar rasuras, rabiscos e anotações ao lado de grandes poemas e composições.

É possível encontrar preciosidades em todas as três séries do acervo. Na seção “Correspondências”, há cartas afetuosas para membros da família, além de amigos e parceiros musicais. Manuel Bandeira, Pablo Neruda, Tom Jobim, Carlos Lyra e Baden Powell são alguns dos que trocavam correspondências com o poeta.

Há também uma carta, com envelope personalizado, escrita por Charles Chaplin em agradecimento ao envio da primeira edição da revista “Filme”, fundada por Vinícius quando o mesmo ocupava o cargo de vice-cônsul do Brasil na cidade de Los Angeles.

Para os fãs do músico, é possível consultar mais de 260 letras, algumas com mais de uma versão. Entre as mais famosas estão “Insensatez”, “Chega de Saudade”, “Canto de Ossanha” (quatro versões), “Canção do Amanhecer” (nove versões), “Por Toda a Minha Vida”, “Tarde em Itapoã” e “Samba da Bênção”.

Na série “Documentos Diversos” é possível encontrar um dossiê sobre a criação do Instituto Nacional do Cinema e atas das reuniões do Primeiro Festival Internacional de Cinema no Brasil.

Fonte: https://cutt.ly/wOqQZXk 

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