“Ainda sobre a cama” estreia dia 4 na Oficina Cultural Oswald de Andrade

Foto: Isadora Relvas

Estreia no dia 4 de maio, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, a peça “Ainda sobre a cama”, uma dramaturgia inédita provocada a partir da leitura da obra “Leonce e Lena”, do autor alemão Georg Büchner (1813-1837).

A peça “Ainda sobre a cama” nasceu do encontro e da parceria entre elenco e direção, em que a memória coletiva foi o fio condutor dos questionamentos sobre as novas (e velhas) formas de relações afetivas: seguimos padrões, ações e palavras do sistema patriarcal e suas complexas engrenagens, apesar das liberdades atuais e outras possibilidades de relacionamentos. O espetáculo tem direção de Luiz Fernando Marques (Lubi) e atuações de Camila Cohen, Duda Machada e Luiz Felipe Bianchini.

Para os criadores de “Ainda sobre a cama,” o texto de Büchner foi objeto de estudo por apontar um passado que insiste em ser presente e, a partir dele, as cenas do novo trabalho arriscam a criar paralelos entre a atualidade e o passado. “Nossa ideia era falar sobre as relações heteronormativas, sobretudo como essas relações são assombradas por essas normas, modelos que vêm de séculos, patriarcais e eurocentradas, mesmo que hoje em dia isso também apareça na forma de homoafetividade ou mesmo do amor livre”, coloca Lubi.

Em cena, o ator e as duas atrizes formam diferentes possibilidades de casais ao longo da peça. “As cenas são independentes, ligadas entre si pela temática, mas apontam para uma cronologia de um casal. São vários Leônceos e Lenas – eles se chamam assim na peça – e podem ser vistos como um arquétipo de um casal”, diz a atriz Camila Cohen.

Essa cronologia de acontecimentos ajuda a acompanhar e compreender a relação de um casal. “São diversas situações que revelam como os padrões estão arraigados nas estruturas dos nossos afetos. A encenação passa por alguns momentos emblemáticos como a perda da virgindade; o namoro; a traição, o noivado e o casamento”, diz Lubi.

O espaço cênico é formado por um quarto com uma cama de casal e duas mesinhas de cabeceiras; o público senta-se ao redor desses elementos, muito próximo das atrizes e do ator. “A sensação é de que a plateia pode flagrar desde as conversas mais ordinárias, com seus vazios e tédios, passando por brigas até, no limite, a violência que uma relação é capaz de gerar”, coloca o diretor., uma dramaturgia inédita a partir da leitura da obra “Leonce e Lena”, do autor alemão Georg Büchner (1813-1837).

Na trama secular de Büchner, os dois jovens protagonistas, Leonce e Lena, são de famílias nobres e estão prometidos em um casamento de interesses, mesmo sem se conhecerem. Desejando um outro futuro, isoladamente, fogem para a floresta e, num golpe de destino, se encontram por acaso, apaixonam-se e voltam para celebrar o casamento. Ironicamente o autor faz o casamento por interesse coincidir com a união por amor, e coloca, assim, que estamos enredados nas convenções de nossos tempos.

“Ainda sobre a cama” nasceu do encontro e da parceria entre elenco e direção, em que a memória coletiva foi o fio condutor dos questionamentos sobre as novas (e velhas) formas de relações afetivas: seguimos padrões, ações e palavras do sistema patriarcal e suas complexas engrenagens, apesar das liberdades atuais e outras possibilidades de relacionamentos? Com direção de Luiz Fernando Marques (Lubi) e atuações de Camila Cohen, Duda Machada e Luiz Felipe Bianchini.

Para os criadores de “Ainda sobre a cama,” o texto de Büchner foi objeto de estudo por apontar um passado que insiste em ser presente e, a partir dele, as cenas do novo trabalho arriscam a criar paralelos entre a atualidade e o passado. “Nossa ideia era falar sobre as relações heteronormativas, sobretudo como essas relações são assombradas por essas normas, modelos que vêm de séculos, patriarcais e eurocentradas, mesmo que hoje em dia isso também apareça na forma de homoafetividade ou mesmo do amor livre”, coloca Lubi.

Em cena, o ator e as duas atrizes formam diferentes possibilidades de casais ao longo da peça. “As cenas são independentes, ligadas entre si pela temática, mas apontam para uma cronologia de um casal. São vários Leônceos e Lenas – eles se chamam assim na peça – e podem ser vistos como um arquétipo de um casal”, diz a atriz Camila Cohen.

Essa cronologia de acontecimentos ajuda a acompanhar e compreender a relação de um casal. “São diversas situações que revelam como os padrões estão arraigados nas estruturas dos nossos afetos. A encenação passa por alguns momentos emblemáticos como a perda da virgindade; o namoro; a traição, o noivado e o casamento”, diz Lubi.

O espaço cênico é formado por um quarto com uma cama de casal e duas mesinhas de cabeceiras; o público senta-se ao redor desses elementos, muito próximo das atrizes e do ator. “A sensação é de que a plateia pode flagrar desde as conversas mais ordinárias, com seus vazios e tédios, passando por brigas até, no limite, a violência que uma relação é capaz de gerar”, coloca o diretor.

 

Sinopse

Isso aqui é mais uma vez a tentativa de construir uma cama. E essa cama não é ninho, não vai parir ninguém e nem oferecerá o descanso merecido. Ela talvez testemunhe a inércia de sentimentos, palavras e ações que ainda hoje repetimos desde 1837. Uma instalação cênica para uma dramaturgia contemporânea criada a partir da obra “Leonce e Lena,” de Georg Büchner. Do ócio ao tédio. Do tédio ao sexo. Do sexo à violência. Da violência ao controle.

 

Ficha técnica

Direção: Luiz Fernando Marques (Lubi)

Assistência de direção: Erica Montanheiro

Dramaturgia: Duda Machado, Camila Cohen, Erica Montanheiro, Luiz Fernando Marques (Lubi) e Luiz Felipe Bianchini

Elenco: Duda Machado, Camila Cohen e Luiz Felipe Bianchini.

Iluminação: Wagner Antônio

Cenário: Luiz Fernando Marques (Lubi)

Fotos: Isadora Relvas

Produção: Lud Picosque – Corpo Rastreado

Assessoria de Imprensa – Márcia Marques – Canal Aberto

 

Serviço

Ainda sobre a cama

Temporada: de 04 a 27 de maio de 2023

Onde: Oficina Cultural Oswald de Andrade | Rua Três Rios, 363, Bom Retiro, São Paulo, SP

Horários: Quinta e sexta, às 20h, Sábados e feriados, às 18h

Ingressos:  gratuitos com uma hora de antecedência

Lotação: 40  lugares 

Classificação: 18 anos

 

 

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