O cantor pernambucano Almério acaba de lançar um álbum dedicado a Cazuza: “Tudo É Amor – Almério Canta Cazuza”, que conta com participação de Ney Matogrosso e Céu.
O projeto, idealizado por Ione Costa, tem direção artística de Marcus Preto, direção geral do empresário André Brasileiro e produção musical do baterista e arranjador Pupillo,
A escolha de repertório do tributo seguiu três critérios: três hits, três semi hits e 5 lados B. Um equilíbrio entre algo “cabeça” e o caminho fácil, só com sucessos. Então, ao lado de músicas como Blues da Piedade e O Nosso Amor a Gente Inventa estão Cobaias de Deus, parceria de Cazuza com Angela Ro Ro, Perto do Fogo, parceria com Rita Lee e Quando Eu Estiver Cantando, com João Rebouças. Essas três últimas faixas são todas do álbum Burguesia, o último lançado por Cazuza, em 1989.
Almério, que guarda uma história curiosa sobre Cazuza, priorizou lançar composições autorais antes do tributo. Mas quando era adolescente, ele ganhou do irmão mais velho, Alexandre, uma coletânea do artista carioca. Entretanto, havia um detalhe: ainda não existia um tocador de CD na casa da família, em Altinho, pequena cidade do agreste de Pernambuco.
Almério, então, por dois anos, passava horas folheando o encarte onde as letras das músicas estavam impressas. E, antes mesmo dele poder juntar texto e melodia, o grande encanto das canções, percebeu a força e o poder dos versos libertadores de Cazuza, sobretudo para um garoto de 13, 14 anos, na metade dos anos 1990, que sofria bullying na escola e recebia olhares de reprovação da vizinhança por conta de sua sexualidade.
Quando o irmão pôde, enfim, comprar um discman e acoplá-lo à vitrola, tudo fez mais sentido ainda. “Foi catártico. Criei uma intimidade com Cazuza. Ele se tornou meu conselheiro. Reativava minhas forças e me fazia seguir em frente”, diz Almério. Além de Cazuza, Caetano Veloso e Elis Regina também eram vozes constantes em suas audições.
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