Cinemateca do MAM exibe mostra de Mario Civelli

Filme “O gigante, a hora e a vez de um cinegrafista”/Reprodução

A Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro celebra o centenário de Mario Civelli (1923-1993) com uma mostra que apresenta alguns títulos raros e trechos de outros que precisam de restauração para voltarem a circular, além de palestra, mesa de conversa e uma pequena exposição enfocando suas várias facetas.

O italiano Mario Civelli é considerado um dos mais versáteis homens do cinema, que atuou como produtor, diretor e distribuidor no Brasil. Por meio da distribuidora MC, trouxe produções italianas B, redefinindo a sisudez do cinema moderno e preparando sua superação. ,

Ele deixou um legado incomum de ideias, realizações e equilíbrio entre a tradição e o novo, o artesanal e o industrial, o popular e o kitsch, a ficção e o documentário. Atualmente mais lembrado como precursor do cinema de arquivo no cinema brasileiro, Civelli desenvolveu estúdios, apostou na introdução do longa-metragem colorido, documentou a ecologia, produziu clássicos como “O caso dos irmãos Naves” e distribuiu obras de estreantes, como a dos jovens Glauber Rocha e José Mojica Marins, “Barravento” (1962) e “À meia-noite levarei sua alma” (1964). 

Confira a programação a seguir.

Quinta-feira, 7 de dezembro, 16h30
Modelo 19/O amanhã será melhor, de Armando Couto. Brasil, 1952. 

Com Ilka Soares, Luigi Picchi, Jaime Barcellos. 85’. Em mov (ProRes). Classificação indicativa livre.

Sexta-feira, 8 de dezembro, 18h30
O gigante, a hora e a vez de um cinegrafista, de Mario Civelli. Brasil, 1969. Documentário. 90’. 

Em DCP. Classificação indicativa livre. Sessão em parceria com o Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro + debate com Patrícia Civelli e Mauro Domingues, com mediação de Hernani Heffner.

Segunda-feira, 11 de dezembro, 18h30
O homem dos papagaios, de Armando Couto. Brasil, 1953. 

Com Procópio Ferreira, Ludy Veloso, Waldemar Seyssel. 95’. Em mov (ProRes). Classificação indicativa livre.

Quarta-feira, 13 de dezembro, 15h
“A contribuição de Mario Civelli ao cinema Brasileiro”, por Hernani Heffner 

Com a exibição de trechos raros de sua filmografia como produtor. 

Quarta-feira, 13 de dezembro, 17h
Rondon, o sentimento da terra, de Eduardo Escorel. Brasil, 1992. 

Documentário. 55’. Em mov (ProRes). Classificação indicativa livre. Sessão seguida de conversa com a indigenista Maria Elizabeth Rondon Amarante e o diretor Eduardo Escorel. 

Quarta-feira, 13 de dezembro, 19h
Bruma seca, de Mario Civelli. Brasil, 1960. 

Com Adoniran Barbosa, Mário Brasini, Saturno Cerra. 87’. Em mov (ProRes). Classificação indicativa livre.

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