Coletivo de Galochas encena peça sobre a Coluna Prestes

Foto: Lucas Salazar

Em agosto, o grupo de teatro Coletivo de Galochas apresenta o espetáculo “Coluna Prestes: Encruzilhadas da Marcha da Esperança” no Teatro Flávio Império, de 11 a 13 de agosto, sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h e no Teatro Cacilda Becker, de 18 a 27 de agosto, sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h, com ingressos gratuitos. 

Dirigida por Rafael Presto, a montagem busca reconstruir a marcha da Coluna Prestes, que tinha por objetivo libertar o povo da exploração e da ignorância, evento que marca o fim da Primeira República.

O enredo se passa na década de 1920, quando a Coluna Prestes rasga o país. Durante a marcha, um grupo de oito pessoas, dos mais diferentes lugares, formam uma inusitada família, entrelaçando e mudando suas vidas. É com essa gente simples que Luiz Carlos Prestes aprende, forjando seu espírito revolucionário.

“Coluna Prestes: Encruzilhadas da Marcha da Esperança” faz uma imersão na cultura brasileira pelo ponto de vista das pessoas simples, da base do movimento, que fizeram a Coluna caminhar. As personagens da peça foram extraídas dos registros oficiais, com a devida licença teatral. “Não se trata da história de grandes autoridades, mas de figuras singulares com as quais Prestes se relaciona. São mulheres, pessoas pretas e oficiais de baixa graduação que protagonizam a jornada”, comenta o diretor Rafael Presto.

Na montagem, o primeiro plano não pertence ao Comandante Prestes (Kleber Palmeira), líder da revolução, mas sim aos diversos núcleos que combatem ao seu lado durante a Marcha. Isabel Pisca-Pisca (Benedita Maria de Jesus Bueno Dias) e Onça (Silvia Lys) são artistas de Cabaré que seguem com os revolucionários. Onça desenvolve uma relação com Cabo Firmino (Eder dos Anjos), um aguerrido revolucionário saído dos cortiços paulistanos. Santa Rosa (Wendy Villalobos) carrega o fuzil que herdou do marido morto e um filho na barriga, que nasce durante a marcha. O Soldado Ângelo (Daniel Lopes), rapaz sensível e analfabeto, aprende a ler e escrever com Sargento Garcia (Diego Henrique), numa relação que pode ocultar um amor não permitido. Todas essas relações são amarradas por Tia Maria (Mona Rikumbi), com suas ervas, conselhos, rituais e giras, que também representa a Majestade Encruzilhada, abrindo os caminhos e marcando essa saga.

A encenação do Coletivo de Galochas tem como pilares duas linguagens: os núcleos dentro da Coluna Prestes e o coro cênico. Os núcleos trazem as histórias das personagens, a humanização dentro da precariedade do ambiente da revolução e também vislumbram 100 anos à frente, questionando e fazendo o elo com o presente. A trilha das personagens negras, apoiada em uma perspectiva afrocentrada de religiosidade e filosofia, é central na narrativa. Já o coro representa a própria revolução. Coreografado e musicado, ele interage com as cenas e faz atravessamentos poéticos enfatizando os grandes acontecimentos, mas também participando como personagem coletivo da trama. Os atores e atrizes que formam o coro são oriundos das oficinas profissionalizantes, realizadas pelo Galochas, durante o processo criativo.

Ficha técnica

Dramaturgia: Antonio Herci e Rafael Presto. 

Direção: Rafael Presto. 

Codireção: Eder dos Anjos. 

Direção musical, arranjos, regência e sonoplastia: Antonio Herci. 

Assistência de direção: Daniel Lopes. 

Elenco / personagens: Benedita Maria de Jesus Bueno Dias (Isabel Pisca-Pisca), Daniel Lopes (Soldado Ângelo), Diego Henrique (Sargento Garcia), Eder dos Anjos (Cabo Firmino), Kleber Palmeira (Comandante Prestes), Mona Rikumbi (Tia Maria), Silvia Lys (Onça) e Wendy Villalobos (Santa Rosa). 

Coro Cênico: Luísa Borsari, Maria Kowales Aguirre, Matheus Kawa, Giovana Carneiro, Jota Silva, Leandro Duarte, Mateus Vicente, Nayra Priscila, Priscila Ribeiro, Tércio Moura e Victor Carriel. 

Musicistas/músicos: Antonio Herci (piano), Jéssica Nunes e Camila Borges (sanfona), Lula Gama (violão de 7 cordas), Miguel D’Antar (contrabaixo acústico) e Maicon de Moura (percussão).

Cenografia: Kleber Montanheiro. 

Figurino: Kleber Montanheiro e Thaís Boneville. 

Adereços: Jéssica Freitas. 

Iluminação: Robson Lima. 

Coreografia e direção de movimento: Letícia Doretto. 

Cenotécnica: Nilton Araújo. 

Técnica de som: Gustavo Trivela e Jotape Hecht. 

Operação de som:  Jotape Hecht. Provocação cênica: Júlio Silvério. 

Colaboração na criação: Ivone Dias Gomes, Nicolle Puzzi e Verônica Valentino. 

Audiovisual: Diogo Gomes. 

Direção de produção: Gabriela Morato. 

Produção: Maura Cardoso. 

Gestão de redes sociais: Dora Scobar. 

Fotos: Camila Rios, Diogo Gomes e Lucas Salazar. 

Designer Gráfico: Gustavo Oliveira. 

Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. 

Idealização e realização: Coletivo de Galochas.

Serviço

Coluna Prestes: Encruzilhadas da Marcha da Esperança

Quando: 

Dias 11, 12, 13 de agosto

Sexta e sábado, às 20h. Domingo, às 18h.

Local: Teatro Flávio Império

Rua Prof. Alves Pedroso, 600 – Cangaíba. SP/SP.

Tel.: (11) 2621-2719. 206 lugares.

Dias 18, 19, 20, 25, 26 e 27 de agosto

Sexta e sábado, às 21h. Domingo, às 19h.

Local: Teatro Cacilda Becker

Rua Tito, 295 – Lapa. SP/SP.

Tel.: 3864-4513. 350 lugares.

Ingressos: Gratuitos – Retirar na bilheteria 1h antes das sessões

Duração: 90 minutos

Gênero: Drama musicado

Classificação: 14 anos

Intérpretes de Libras: sessões de sextas-feiras

Audiodescrição: sessões de domingos

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