Diversas instituições culturais de São Paulo irão oferecer uma programação especial voltada ao Dia da Consciência Negra, com opções gratuitas de música, gastronomia, dança, palestra e muito mais.
Por exemplo, no Museu Afro Brasil Emanoel Araujo acontecerá o II Ocupa MAB, Festival de Música e Gastronomia Africana e Afro-brasileira, repleto de apresentações musicais e de cultura popular com musicalidades. Desta vez, terá parceria com o Museu das Favelas, no dia 20, das 09h às 18h. Dentre as atrações estão: Kemetic Yoga de Ana Sou, Roda de Jongo do Grupo Jongo Filhos da Semente, Capoeira do Mestre Limãozinho, Roda do Samba de Dandara e muito charme no Resenha Black Bom. A Gastronomia surpreenderá com sabores provenientes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Egito, Marrocos, República Democrática do Congo, Sudão e Uganda.
Para todos admiradores da dança, uma das opções gratuitas é o “Especial Consciência”, na Fábrica de Cultura Sapopemba. O evento homenageará à cultura negra, através de danças, músicas, entre outros elementos, dentre as apresentações artísticas terá: Escola de Curimba Tribo de Zambi, Grupo Afoxé Filhos do Cacique, Grupo de Capoeira Forças das Raízes e Instituto do Samba,no dia 25, a partir das 13h. Livre.
E, ainda neste universo dançante, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) faz a estreia do 41.ª documentário da série Figuras da Dança, com o vídeo do artista, bailarino, diretor, professor e coreógrafo Carlos Demitre, em formato on-line, no dia 20, às 11h, pelo canal da Companhia, no YouTube.
Outra manifestação que coloca o corpo para movimentar é o Baque Mulher, símbolo da expressão feminina, luta e resistência pelos direitos das mulheres, através do Maracatu de Baque Virado. Será no Museu Felícia Leirner, em Campos do Jordão, no dia 18, às 11h.
Na tradicional série de concertos matinais da Sala São Paulo, realizada pela Fundação Osesp, a USP Filarmônica apresentará um repertório que traz compositores pretos e partos para lembrar da importância da Semana da Consciência Negra, a imensa maioria deles brasileiros, no dia 19, às 10h50. Distribuição gratuita de ingressos a partir das 10h da segunda-feira anterior ao concerto, pela internet ou nos totens localizados no piso térreo da Sala São Paulo. Ingressos limitados a dois por pessoa. Caso não consiga adquirir a entrada on-line, no dia do Matinal, uma hora antes, haverá uma fila de espera na Bilheteria do 1.º subsolo — lugares limitados, sujeito à lotação da casa.
As palestras também estão presentes no roteiro, por exemplo, no Museu Catavento, Parque Dom Pedro II, será conversado o tema “Áfricas no Brasil. Por uma história afro-brasileira”. Na palestra, o historiador Dr. Douglas Araújo, tratará sobre como a historiografia brasileira tem tratado a presença africana no Brasil, no dia 25, das 14h às 16h.
Existem, também, atividades relaxantes e de valorização da cultura afro, para estimular a expressão criativa e resgatar a memória cultural brasileira, como: Oficina de boneca Abayomi, no Museu do Futebol, no dia 19, das 9h às 17h.
Já Museu Índia Vanuíre, em Tupã, terá a oficina de “Tranças Africanas” junto de uma roda de conversa focada no empoderamento, valorização da estética e beleza negra, enquanto rompemos padrões e aproximamos culturas, 16/11, das 9h às 10h30 e das 14h às 15h30.
E para os apaixonados por livros, há o lançamento do “Eternizar em Escrita Preta”, no dia 22, às 19h, coletânea de dramaturgias de novos escritores negros, da SP Escola de Teatro. Os textos são dos jovens dramaturgos negros Apollo Faria, Dayani Pontes e Lu Varello, premiados em 2022 na terceira edição do Prêmio Solano Trindade, iniciativa da área de Extensão Cultural e Projetos Especiais da Escola, área coordenada por Miguel Arcanjo Prado e que conta com Rodrigo Barros, David Godoi e Solange Correia. O evento acontece no hall da unidade Roosevelt da SP Escola de Teatro, localizada na Praça Roosevelt, 210. Na Biblioteca de São Paulo, terá a “Intervenção nossa pele, nossos sonhos: a África dentro de nós”, com Jô Freitas, dia 19, das 12h às 12h30, das 13h30 às 14h e das 15h às 15h30. E no final do texto, há dicas de leituras relacionadas à data.
Além disso, no Teatro Sérgio Cardoso, terá Válvula, no dia 20, às 17h. O concerto de hip-hop guia o público por meio de palavras e desenhos criados a partir dos riscos que caçadores-coletores fizeram nas rochas há 30.000 anos, pelas anotações dos romanos nas paredes das casas em Pompeia e pelos murais mexicanos de mais de 100 anos atrás. O espetáculo é composto, ainda, pelo MC e ativista Flávio Almada aka LBC Soldjah, que usa palavras e música para refletir sobre as contradições sociais das nossas cidades. Em seguida, às 19h, haverá sessão única de um espetáculo musical que levará ao palco o grupo Vozes de Angola e a banda Social Samba Fino, que apresentam um repertório de canções nacionais e músicas originalmente africanas. Já às 20h o Samba das Moças traz um show dividido em quatro blocos abordando temas específicos: Samba Ancestral, Samba Político, Samba Amoroso e Samba é Sonho. A apresentação é feita pela atriz Adriana Lessa e as cantoras são Anastácia Lia, Grazzi Brasil e Bruna de Paula.
Já no Teatro Estadual de Araras, no dia 20, das 14h às 18h, terá a festa itinerante “Funky Style“, criada para valorizar as danças sociais absorvidas pela cultura de rua. Também no dia 20, às 19h, acontece o espetáculo “Soul África“, com o grupo “Vozes de Angola” e a banda “Social Samba Fino”, que interpretarão músicas de compositores brasileiros, como Gilberto Gil, João Nogueira, Djavan, Dominguinhos do Acordeon, Tim Maia, entre outros, juntamente com músicas originalmente africanas.
Mais uma alternativa de espetáculo gratuito é: “As histórias que vivem em mim”, na Alfredo Volpi”, que trará narrativas sobre os feitos das heroínas negras brasileiras, no dia 24, das 15h às 16h.
E o duo Ana Brasil e Ronaldo apresenta o projeto Femininas Almas Negras do Samba, no MIS, no dia 20. Já no Auditório MIS, acontece a 19.ª edição da Mostra Internacional do Cinema Negro (MICINE), com a exibição de um curta e um longa-metragem.