Por Tarcilio de Souza Barros
Numa pequena cidade do interior moravam duas irmãs.
Uma mais idosa, viúva e sem filhos. Ela perdeu seu marido, operário na construção civil, após ele ter caído de um andaime de uma altura de cinco metros, batendo cabeça no solo.
Sua irmã mais nova, afortunadamente contraiu matrimônio com um rico comerciante. Possuía um grande e espaçoso imóvel como moradia.
Um dia recebeu um telefonema da irmã, pobre viúva, pedindo ajuda para sobreviver. A mais nova se recusou a ajudar.
Passado um tempo, os negócios do marido afortunado desandaram, levando-o à falência. Ele deixou débitos na praça que a esposa teve que assumir, lapidando todo espólio, inclusive a mansão onde morava.
Nesse ínterim, sua irmã mais velha faleceu.
Empobrecida, cheia de prementes necessidades, lembrou que tudo que sua irmã um dia lhe pedira, agora era igual às necessidades que estava passando.