Estante de Livros: análise da obra “Memórias de Adriano”, de Marguerite Yourcenar

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Por Tarcilio de Souza Barros

 

Certa vez, visitando a Livraria do Conjunto Nacional, que fica na Avenida Paulista e possui vasta coleção de obras literárias de propriedade da Companhia das Letras, me deparei na estante com o livro “Memórias de Adriano”, da escritora francesa Marguerite Yourcenar, a primeira mulher a ser eleita para a Academia Francesa.

“Memórias de Adriano” é um obra literária monumental, escrita e construída à maneira das antigas catedrais, durante anos de trabalho, de pesquisas e de aprimoramento.Para o leitor ter uma ideia do valor da obra, podemos dizer que foi iniciado em 1924 e concluído 27 anos depois, em 1951.

“Memórias de Adriano” é um livro ímpar. O personagem é real: o grande imperador romano.

Relendo o livro que li há 20 anos, confesso que senti a mesma emoção que tive outrora. Senti que a autora transforma Adriano no mais cristalino exemplo dos melhores atributos do Humanismo antigo. Ela desvenda a vida do imperador romano durante a considerada Idade se comparada ao nosso mundo atual.

Élio Adriano, deixou as seguintes palavras: Pequena alma terna flutuante, hóspede e companheira do meu corpo, vais descer aos lugares pálidos duros nus, onde deverás renunciar aos jogos de outrora.

Convido o leitor a refletir sobre essas palavras.

Adriano criou um vasto império dosado de obras arqueológicas nunca antes edificadas, desenvolveu um sistema social e político onde reinava a justiça. Edificou a cidade de Adrianópolis num sistema que levou à perfeição suprema do bem-estar dos habitantes, mas que desapareceu após sua morte.

Toda aventura que um ser humano viveu, o Adriano imperador viveu.

 

Serviço

Livro: Memórias de Adriano

Autora: Marguerite Yourcenar

Brochura, 334 pg. letras visíveis

Avaliação: Excelente

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