Festival Artistas de Rua segue até dia 28

Imagem de Divulgação

Com um line-up 100% feminino, o Festival Artistas de Rua segue acontecendo até o dia 28 de janeiro em diversos espaços públicos da cidade de São Paulo.

Em sua terceira edição, o festival conta com uma programação gratuita contendo 30 shows de artistas mulheres ocupando 15 espaços públicos de São Paulo. Ele é idealizado pela produtora Muda Cultural via Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais (Pro-Mac), com patrocínio da 99.

A curadoria demonstra a pluralidade de estilos musicais produzidos no Brasil, bem como a potência das mulheres de diversas gerações. Alguns dos nomes confirmados para o Artistas de Rua são: Ellen Oléria que, com seu disco “Afrofuturista” (2016), exalta ritmos negros como o rap e o funk, na fusão com a MPB; Brisa Flow, que une o hip hop à música e cultura dos povos andinos, explorando sua vivência enquanto mulher ameríndia periférica na América Latina; Maria Beraldo, cantora, compositora e clarinetista à frente do álbum “Cavala” (2018), no qual experimenta sonoridades do pop, da música eletrônica e do noise.

Ainda está confirmada a presença do Samba de Dandara, grupo de exaltação às mulheres sambistas, bem como do Sarau das Pretas, da cantora, atriz e modelo Bruna Black e da cantora Grazi Medori. 

Confira a programação completa:

Segunda-feira,17/01 

Local: Metrô Tucuruvi (praça ao lado da saída)

Endereço: Av. Dr. Antônio Maria Laet, 145A – Vila Gustavo

14h30 – Carcaju (@carcaju)

Carcaju se refere a uma mulher sagrada, habitante das florestas, que surgiu em diversas partes do mundo com nomes diferentes. A banda experimenta arranjos não convencionais – trabalhando com ambientações ruidosas e texturais –, utiliza guitarra elétrica distorcida, contraponteada com violão acústico, batuques brasileiros e linhas de baixo elaboradas, dialogando com orock progressivo e a cultura pop.

17h00 – Maria Ó (@maria_o_oficial)

Maria Ó é compositora, cantora e educadora musical, iniciou seus estudos de música ainda adolescente em São José dos Campos, no interior de São Paulo. Possui dois álbuns e um single lançados, Dança Três (Ybmusic, 2017), o single É Só Amor O Que Desejo (Ybmusic, 2019) e MANA – Nada Permanece (Ybmusic, 2020) – trabalho em parceria com a performer, cantora e compositora maranhense Nathalia Ferro.

Terça-feira, 18/01 

Local: Metrô Capão Redondo (próximo ao Graffiti do Racionais MCs)

Endereço: Av. Carlos Caldeira Filho, 4475 – Cidade Auxiliadora

14h30 – Batalha Dominação (@batalhadominacao)

A Batalha Dominação é uma batalha de freestyle de conhecimento (rimas

improvisadas na hora a partir de temas que atravessam diversas questões e temáticas), voltada para o protagonismo de mulheres, trans masculinos e pessoas não binárias, que acontece semanalmente na saída do Metrô São Bento desde 2016. A Dominação segue atuando com intuito de intensificar a pluralidade de corpos e falas no cenário hip hop de São Paulo.

17h00 – Luana Flores (@nordestefuturista)

Dj, beatmaker, percussionista, cantora, compositora e coquista, a paraibana Luana Flores também é ativista, mulher nordestina e sapatão. O seu trabalho é caracterizado por evidenciar uma luta de gênero, sexualidade e território. Suas composições buscam pautar representatividade, ancestralidade e uma identidade paraibana e sapatão.

Quarta-feira, 19/01 

Local: Largo da Concórdia

Endereço: Av. Rangel Pestana, 1981 – Brás

14h30 – Graciela Soares (@graciela.soarescantora)

Graciela Soares é cantora, compositora, mãe e educadora musical. A participação em diversos trabalhos artísticos caracteriza sua música com influências de diferentes estilos e estéticas. A exploração das possíveis sonoridades vocais junto com a experimentação rítmica é um dos campos da sua pesquisa musical. É cantora integrante dos projetos: Projeto Corredeira; Imalè Inú `yagbá e do Bloco de carnaval Nu vuco Vuco.

17h00 – Mana Bella (@manabella.ssa)

Cantora, poeta e arte educadora, essa é a definição da artista isabela almeida. Nascida na cidade de Salvadora-BA, Mana Bella evidencia através da arte, sua trajetória como mulher preta, periférica e nordestina – aliando a sensibilidade da poesia dita marginal com a beleza da estética negra.

Quinta-feira, 20/01 

Local: Metrô Bresser-Mooca (praça em frente à saída)

Endereço: Rua Ipanema, 620 – Mooca

14h30 – Renata Grazzini (@re_grazzini)

Renata Grazzini é atriz, cantora e compositora e atua como cantora popular desde 2007. É vocalista dos blocos carnavalescos Nu Vuco Vuco e Acadêmicos da Cerca Frango, em São Paulo. É preparadora vocal da Cia dos Imaginários, de teatro, dirigida por René Piazentin, onde também trabalha como atriz. Com seu trabalho em composição, apresentou-se em diversos SESCs do interior paulista, e fez shows nas Viradas Culturais de São Paulo em 2014 e 2015.

17h00 – Cabra é Fêmea (@cabraefemeaoficial)

Cabra é Fêmea é um trio de forró de rabeca, nascido em São Paulo, formado por mulheres que visam o empoderamento feminino, a representatividade, a

liberdade do corpo de padrões patriarcais, além de denunciar a homofobia, o racismo e o etnocentrismo.

Sexta-feira, 21/01

Local: Praça Comunitária Ligia Maria Salgado Nóbrega

Endereço: Av. Rodrigues Montemor, 3000 – Cidade Ademar

14h30 – Sarau das Pretas (@saraudaspretas)

O Sarau das Pretas realiza saraus performáticos através da palavra falada, cantada ou declamada, dos tambores e de seus corpos em constante movimento, com o objetivo visibilizar e propor reflexões sobre literatura, cultura e ancestralidade preta. Também pauta questões de gênero e feminismo propondo o debate a partir da perspectiva étnico-racial.

17h00 – Thalia Abdon (@thaliaabdon)

Thalia Abdon nasceu e cresceu em Itapecerica da Serra, São Paulo. Aos 16 anos começou a escrever em cima de beats da internet e em 2017 participou do concurso do festival Sons da Rua sendo uma dos 5 finalistas, cantando no mesmo palco que Tássia Reis, Emicida, Criolo, Rael, Rashid e Thaíde. O ano de 2018 marcou tanto o lançamento da sua primeira mixtape [Primeiro Passo] quanto seu primeiro álbum [Entrada Indiscreta].

Sábado, 22/01

Local: Praça Jardim Jangadeiro (Quadra)

Endereço: Rua Emílio Briedes S/N – Jardim São Bento Novo

14h30 – Paula da Paz (@pauladapazoficial)

Cantora e compositora alagoana que há mais de 20 anos se dedica a arte em suas mais diversas linguagens, atuando também no teatro, danças tradicionais brasileiras, dança de salão e dança Africana.

17h00 – Brisa Flow (@brisaflow)

Brisa Flow é cantora, compositora, escritora e pesquisadora. Mc da cultura hip hop, Brisa é filha de artesãos araucanos, pesquisa e defende a música indígena contemporânea, a arte dos povos originários e o rap como ferramentas necessárias para combater o epistemicídio.

Domingo, 23/01 

Local: Praça ao lado da Japan House

Endereço: Avenida Paulista, 52 – Bela Vista

14h30 – Samburbano (@samburbano)

O Samburbano é um encontro mensal realizado desde 2015, no Largo de Santa Cecília, na região central de São Paulo, para celebrar a cultura negra e seus representantes no samba em formato de roda, como é toda a cultura do nosso povo, a exemplo da Capoeira e dos xirês de terreiros de candomblé oriundos da África e radicados no Brasil através da escravização do povo negro.

17h00 – Ana Cacimba (@anacacimba)

Da cena artística de Diadema, periferia de São Paulo, Ana Cacimba é uma artista de origem quilombola e traz uma miscelânea de elementos do ijexá ao afro-samba: um mergulho no universo dos orixás e entidades, com uma voz marcante e mistura fenomenal de sons da

diáspora negra com o indie brasileiro.

Segunda-feira, 24/01 

Local: Largo da Batata

Endereço: Rua Fernão Dias, 628 – Pinheiros

14h30 – Pé de Manacá (@pe_de_manaca)

Pé de Manacá é um grupo de forró de rabeca de São Paulo – SP, composto por quatro mulheres desde 2017. Tendo como sonoridade central a rabeca, instrumento solista precursor à sanfona na história do forró, o Pé de Manacá busca inspiração nas vozes de grandes intérpretes, nos coros femininos característicos das gravações e nas compositoras presentes na história do forró pé-de-serra.

17h00 – Malú Lomando (@malulomando)

Malú Lomando é multiartista: atriz, cantora, compositora, pintora de murais e escritora. Pesquisa, através dessas multilinguagens, o encontro com a essência, a poesia presente nas transformações da vida e o poder da vulnerabilidade como posicionamento.Trazendo para os palcos a carga interpretativa da sua formação como atriz, Malú cria uma atmosfera teatral e ritualística em seu show, transformando o que poderia ser mero entretenimento musical em um espetáculo sensível de vulnerabilidades expostas.

Terça-feira, 25/01

Local: Praça Cohab Faria Lima

Endereço: Rua Mira Estrela 167 – Cohab Faria Lima

14h30 – Masoko (@masokooficial)

MASOKO, palavra que em quimbundo (língua da família banta, falada em Angola pelos ambundos). significa familiar, contemporâneo, nasce com a proposta de criação artistica à partir das manifestações populares que existem aqui em São Paulo, trazida em sua maioria por negros e nordestinos. As letras se constroem em narrativas poéticas do cotidiano da cidade em diálogo com a MPB e relevantes temas sociais ligados a desigualdade social e racismo.

17h00 – Sexy y Blondie

Com influências do afro pop latino-americano, trap e mpb, o show “Sexy y Blondie” conta, numa pegada lovesong, a história de um casal muito caliente que se envolve antes da pandemia num baile de favela. A dupla flerta com a multiplicidade e plasticidade da música brasileira e latina e trabalha com samples, orgânicos, beats e arranjos vocais.

Quarta-feira, 26/01 

Local: Praça do Mirna

Endereço: Av. Antonio Carlos Benjamin dos Santos, 3059 (Jardim Myrna)

14h30 – Ayana (@ayanaamorim)

Ayana artista #BAyana residente em São Paulo há aproximadamente cinco anos. Cantora, Atriz, Compositora e Performer. A multiartista vem conquistando seu espaço mesclando todas as linguagens que carrega consigo.

17h00 – Camila Trindade (@camilatrindadeoficial)

Cantora, compositora e poeta, Camila Trindade carrega na sua música

ancestralidade e poesia. Vocalista e compositora na Banda 4a Feira de Cinzas, com quem ganhou dois festivais de música brasileira (Festival da Canção – Unifesp 2012 e Festival de Jandira-SP 2014). Integrante do naipe de vozes do Bloco Afro Ilu Obá de Min e do Bloco Nu Vuco Vuco.

Quinta-feira, 27/01 

Local: Metrô Tiradentes (praça ao lado da saída)

Endereço: Praça Coronel Fernando Prestes, s/n – Bom Retiro

14h30 – Zeferina (@zeferinaoficial)

Zeferina é Cantadeira, Curandeira e Letrista. Sua palavra é reza, cura e gozo. Sua arte valoriza o poder de transformação pessoal e social por meio dos afetos.Cantando, compondo e escrevendo desde a infância, como processo de se entender na sociedade enquanto mulher e negra, Zeferina era uma criança que transformava silêncio e dor em arte. Falava sobre a natureza, os animais e tudo que via. A partir de 2006, já com uma formação de ideologias e militância, a gata começou atuar profissionalmente, recitando, cantando e compondo várias bandas e coletivos.

17h00 – Luana Bayô (@luana_bayo)

Luana Bayô é cantora, compositora e educadora. Uma mulher negra nascida e criada no bairro do Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo. Bayô tem um trabalho primoroso, fortemente marcado pela presença da música negra na diáspora. Sua vivência nos sambas de quintais, terreiros e contato com as comunidades tradicionais de matriz africana influenciaram sua trajetória musical e é a partir delas que suas composições autorais ganham força.

Sexta-feira, 28/01 

Local: Calçada oposta ao Teatro Municipal

Endereço: Barão de Itapetininga, 01 – República

14h30 – Gole Seco (goleseco.oficial)

Gole Seco é um grupo vocal cujos arranjos procuram ir para além do aspecto melódico/harmônico da música, se focando também em minúcias timbrísticas vocais, no silêncio como material musical e na experimentação dos limites da voz como elemento, gerando um palco sonoro potente. As influências musicais vão desde Os Tincoãs (BRA) até Roomful of Teeth (EUA).

17h00 – Maria Beraldo (@mariaberaldo_)

Maria Beraldo revisita o repertório de CAVALA (2018) e apresenta canções inéditas fruto de sua pesquisa nos últimos anos. O show explora sonoridades que vão do pop ao experimental e traz as narrativas lésbicas de Beraldo ressignificadas pelo tempo. Em formato quase acústico Maria Beraldo se apresenta com Marcelo Cabral.

Fonte:  https://cutt.ly/OIgPdfA 

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