Por Tarcilio de Souza Barros
Exibido na 47. Mostra de Cinema Internacional, “Uma Garota Ideal” conta a história de Lars, um jovem bem-apessoado que mora ao lado da casa de seu irmão Guns e cunhada, que está grávida, em uma pequena cidade próxima do Canadá, onde na época de inverno a temperatura fica abaixo de zero graus.
Lars anuncia ao irmão e cunhada que Bianca chegou numa caixa. O casal fica espantado ao ouvirem que Bianca veio numa enorme caixa de papelão, mas dizem a Lars que desejam conhecer e dar boas-vindas à nova namorada do irmão. Este diz que no momento não poderia apresentar Bianca porque ela estava descansando da longa viagem.
No dia seguinte Lars convida o casal para conhecerem Bianca, que descobre que se trata de uma boneca de plástico. Alta, pele amorenada, lábios abertos, lindos olhos.
Mesmo assim, o casal cumprimenta Bianca com educação, dando boas-vindas, e retornam para sua casa para discutirem o problema mental de Lars.
Essa é uma parte do plot twist.
O espectador assiste uma sucessão de fatos abrangendo a relação de Lars com sua namorada Bianca na consulta médica psiquiatra, no relacionamento diário com os vizinhos que aceitam Bianca como ela é, até chegar no momento em que Bianca adoece, é hospitalizada, porém, não resistindo a doença, vem a falecer, ocorrendo velório e cremação de seu corpo.
Com roteiro e direção de Craig Gillespie temos um filme que conta com excelentes atores interpretando um fato surreal, num ritmo cadenciado, do irreal como se fosse real.
Fotografia, montagem e discreto fundo musical numa paisagem de sombrio e gélido inverno chegamos ao final do filme, que não contamos, deixando a critério do espectador.
Serviço
Filme: Uma Garota Ideal
Tit. original: Lars and the Real Girl
Rot/Dir.: Craig Gillespie
Origem: USA – 90 min. – Cor – Ficção
Avaliação: Excelente
