Instalação “Perder a imagem” propõe vivência imersiva e sensorial

Foto: André Seiti

 

Acaba de ser inaugurada a instalação “Perder a imagem” no Itaú Cultural. Criada pelo músico, pesquisador e poeta Tiganá Santana e inspirada nas ideias da historiadora Beatriz Nascimento, a exposição convida o visitante a deixar o que se vê de lado para sentir através de outros sentidos.

Perder a imagem mobiliza o corpo dos visitantes por meio de um espaço imersivo – em que ele é convidado ao relaxamento – e de uma trilha sonora com uma variedade de timbres, melodias e harmonias. De acordo com Tiganá, essa composição foi inspirada na sentença congo Wa i mona, que significa “ouvir é ver”.

Já o conceito que dá nome e forma à instalação foi proposto por Beatriz para expressar a vida dos escravizados no Brasil. No filme Ôrí, roteirizado por ela, ela diz: “Na medida em que havia um intercâmbio entre mercadores e africanos, chefes, mercadores também, havia uma relação escravo/escravo como também de intercâmbio, uma change. Essa troca era do nível do soul, da alma, do homem escravo. Ele troca com o outro a experiência do sofrer. A experiência da perda da imagem. A experiência do exílio.”

A visitação acontecerá até o dia 12 de fevereiro em sessões de 20 minutos, durante as quais serão permitidas 15 pessoas no espaço. É recomendado aos visitantes que retirem o sapato. Adverte-se também que a água usada na obra é regularmente tratada.

 

Serviço

Perder a imagem

Período expositivo: de 10 de dezembro a 12 de fevereiro de 2023

Visitação: terça a sábado, das 11h às 20h; domingos e feriados, das 11h às 19h

Onde: Itaú Cultural | Avenida Paulista, 149, São Paulo/SP 

 

 

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