MIS prorroga exposições do Nova Fotografia 

Imagem de divulgação

 

As exposições do projeto Nova Fotografia “As primeiras vezes que fui a vênus”, de Victor Galvão; “Plano de voo”, de Carolina Koff; e “Museu da loucura – do barroco ao eletrochoque”, de Ck Martinelli, em cartaz no Museu da Imagem e do Som (MIS), foram prorrogadas até o dia 19 de fevereiro. 

Além das exposições, a instituição promove bate-papos com os artistas e curadores. As mostras e encontros são gratuitos. 

No domingo, 12, Daniel Salum conversará com o artista Victor Galvão, sobre o processo de curadoria para a exposição “As primeiras vezes que fui a Vênus”. Nesses encontros os convidados também vão explicar detalhes e esclarecer dúvidas sobre o Projeto Nova Fotografia, que viabilizou a realização das mostras.

Há 11 anos a iniciativa do MIS prevê a seleção de trabalhos de artistas promissores, que se distinguem pela qualidade e a inovação. Além de exibir os trabalhos contemplados ao público, os projetos passam a fazer parte do acervo físico e digital do museu. Em 2022 o Nova Fotografia selecionou seis trabalhos, dividindo as exposições em duas etapas.

 

Plano de Voo

O projeto de Carolina Koff foi construído a partir de um caderno intitulado “Pontos de aviação” de uma mulher chamada Olga, que tirou o brevê de avião em 1943, aos 25 anos de idade. No entanto, essa talvez não seja a história verdadeira, pois a partir da metade do caderno as anotações se transformam em receitas e técnicas de costura.

Com base nos documentos e fotografias, a artista visual elaborou uma narrativa para o ensaio, que contou com acompanhamento curatorial de Lívia Aquino. Carol realiza pesquisas influenciadas por sua formação em ciências sociais.

 

As primeiras vezes que fui a vênus

Nesse projeto, Victor Galvão realizou um processo de investigação sobre desertos e paisagens, o fato de ser estrangeiro neste ou em outros planetas. Segundo o fotógrafo, é uma tentativa de mapeamento de ambientes inexplorados e enigmáticos. O ensaio apresenta o desejo de percorrer lugares desconhecidos e a angústia frente às distâncias impossíveis de atravessar.

Em seus trabalhos, Victor busca cenas de paisagens urbanas e industriais, marcas da ideologia do progresso e heranças de um projeto decadente de modernidade. Para tanto recorre a fotografia química, vídeo analógico e imagem digital. Para a exposição no MIS, o artista contou com acompanhamento curatorial de Daniel Salum.

 

Museu da Loucura – do Barroco ao Eletrochoque

Ck Martinelli, autor do projeto, avisa: “Quem quiser sorrir e “ver” imagens bonitas, narrativas pífias, diálogos politicamente corretos, por gentileza, procure outro local.” A proposta é que os visitantes contemplem as poucas imagens nas paredes do MIS e encontrem, sequela por sequela, de um outro museu que aprisionou/aprisiona a história por memória e a loucura alheia.

De acordo com o artista, “o Museu da Loucura está dentro de cada um de nós. Percorre o Brasil inteiro, bipolar, do barroco ao eletrochoque”. A exposição contou com acompanhamento curatorial de Diógenes Moura. Ck Martinelli é autodidata e utiliza a fotografia como campo de pesquisa, que se desdobra em trabalhos de audiovisual, arte postal, pintura e gravura.

 

Serviço

Nova Fotografia 2022

Data: até 19 de fevereiro

Ingresso: Grátis

Classificação: Livre

Local: MIS | Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo/SP

Visitação: Terça a domingo, das 10h às 18h

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