Mostra de Sebastião Salgado poderá ser conferida no Sesc Bauru

O Sesc Bauru recebe a itinerância da mostra “Gold – Mina de Ouro Serra Pelada”, uma exposição do renomado fotógrafo Sebastião Salgado, a partir de amanhã, 9. Composta por mais de 50 registros, a mostra retrata a realidade do que foi o maior garimpo a céu aberto do mundo, na região da Amazônia Paraense.

Para a abertura da exposição a unidade realizará uma bate-papo virtual, a partir das 19h30, em seu canal do YouTube, entre o garimpeiro e agricultor Etevaldo da Cruz Arantes e o fotógrafo e antropólogo indígena Edgar Kanaykõ Xakriabá. O encontro, que é mediado pela geógrafa e educadora Flora Pidner, aborda questões relacionadas ao garimpo, sustentabilidade e fotografia.

A curadoria da mostra fica por conta de Lélia Wanick Salgado, responsável pela editoria e organização de todo trabalho de Sebastião Salgado. Ela também é co-fundadora da agência Amazonas Images e do Instituto Terra.

A exposição poderá ser conferida presencialmente de forma gratuita, de terça a sexta, das 8h às 19h, e aos sábados, das 10h às 17h, mediante agendamento prévio no site São Paulo – Bauru – Unidades. As visitas têm duração máxima de 60 minutos, a cada 1h15, e máximo de 10 pessoas. Vale lembrar que o uso de máscaras de proteção é obrigatório durante todo o período de visitação.

SOBRE SEBASTIÃO SALGADO

Nascido em 1944, em Minas Gerais, Brasil, Sebastião Salgado atualmente vive em Paris, na França. É casado com Lélia Wanick Salgado, com quem tem dois filhos e dois netos. Formado em economia, Salgado começou sua carreira como fotógrafo profissional em 1973, na capital francesa, e trabalhou com agências de fotografia – dentre as quais a Magnum Photos – até 1994, época que ele e Lélia Wanick Salgado fundaram a Amazonas Images, dedicada exclusivamente à sua obra.

Salgado já viajou por mais de 100 países para desenvolver seus projetos fotográficos. Além das publicações na imprensa, sua obra foi apresentada em livros como Other Americas [Outras Américas] (1986), Sahel: l’homme en détresse (1986), Sahel: el fin del camino (1988), Workers [Trabalhadores] (1993), Terra (1997), Migrations [Êxodos] e Portraits [Retratos de crianças do êxodo] (2000), Africa (2007), Genesis (2013), The Scent of a Dream [Perfume de sonho] (2015), Kuwait, a desert on fire (2016) e Gold (2019). Todos esses livros foram editados, concebidos e tiveram seu projeto gráfico elaborado por Lélia Wanick Salgado.

Atualmente, Sebastião trabalha em um projeto fotográfico sobre a Amazônia brasileira, seus habitantes e as comunidades indígenas; seu objetivo é ampliar a conscientização sobre as ameaças que elas enfrentam em consequência da exploração ilegal da madeira, da mineração do ouro, da construção de represas, da criação de gado e do cultivo de soja e, cada vez mais, das mudanças climáticas.

Desde 1990, Lélia e Sebastião vêm trabalhando juntos na recuperação de parte da Mata Atlântica brasileira, no estado de Minas Gerais. Em 1998, conseguiram tornar essa área uma reserva natural e criaram o Instituto Terra. A missão do Instituto é voltada ao reflorestamento, à conservação e à educação ambiental.

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