Por Tarcilio de Souza Barros
Interessante documentário “Homo Sapiens 1900” do cineasta sueco Peter Cohen, respeitado e conhecido nas Mostras Internacionais de Cinema em São Paulo pela qualidade da sua produção fílmica.
O tema aborda a eugenia e a limpeza racial como meios fascistas de aperfeiçoar a humanidade, baseado em pesquisas de fotos e cenas reais de arquivo.
Os conceitos do novo homem são uma definição sobre a manipulação biológica como arma para eliminar todos os que não se adaptam ao padrão racial, imposto por um modelo fascista de ideal humano.
Vemos na tela médicos, líderes políticos de diversos países em suntuosos congressos internacionais, discutindo e aprovando leis de extermínio de seres humanos, nascidos com alguma deficiência genética, estarem determinados a morrer na sala do parto.
Há uma cena cruel no filme que mostra uma sala médica hospitalar, onde há um médico de avental branco, uma enfermeira e no berço um recém-nascido nu, portador de deficiência física. O médico se vira pra enfermeira e diz: “Não cubra o bebê, vamos deixá-lo morrer por frio”.
Experimentos desse tipo e outros são execuções realizadas em diversos países do mundo; com destaque acentuado no regime nazista.
Imensas somas em dinheiro que poderiam ser utilizadas no crescimento da espécie humana, são malbaratadas por inépcia de uma ciência médica criminosa.
No final do filme vemos uma cena campestre onde adultos e crianças, de mãos entrelaçadas, dançam e cantam a vida propugnando harmonia dos seres humanos, pois a todos pertence a vida concedida ao homem por Deus nosso Senhor.
Serviço
Filme: Homo Sapiens 1900
Rot./Dir. Peter Cohen
Origem: Suécia – 1998 – B&P – 88 min. Documentário
Avaliação: Excelente