Está em cartaz no Museu Catavento a mostra “O Ateliê de Brecheret”, que conta um pouco da história de Victor Brecheret e de seu papel do artista e do Palácio das Indústrias para o Modernismo. A mostra compõe a programação da Agenda Tarsila e faz parte do projeto Modernismo Hoje, em comemoração ao Centenário da Semana de Arte Moderna de 22.
Em 220m² de área expositiva, 28 metros lineares e 12m² do palco com holografias das esculturas, ferramentas e desenhos do Brecheret, a exposição conta a história do artista e do espaço que abrigou a realização de importantes obras e de um encontro essencial para a história da arte brasileira.
A exposição acontece no Palácio das Indústrias, local em que Brecheret trabalhava. Em 1920, um animado grupo de artistas modernistas se dispôs a visitar o Palácio das Indústrias, na época ainda em construção, e esperavam encontrar apenas o edifício que imaginavam desprestigiar, mas encontraram “O Ateliê de Brecheret”. Ao subirem a escadaria monumental do palácio, Mário de Andrade, Menotti Del Picchia, Oswald de Andrade e Di Cavalcanti ficaram maravilhados com as obras daquele escultor discreto. Com apenas 25 anos de idade, Victor Brecheret que retornara ao Brasil havia poucos meses, foi uma descoberta para os modernistas que buscavam a ruptura com a arte acadêmica tradicional.
Brecheret foi o artista com o maior número de obras expostas na Semana de Arte Moderna, deixando 12 esculturas expostas no Theatro Municipal, sendo a maioria delas produzidas em seu ateliê no Palácio das Indústrias, local que hoje abriga o Museu Catavento. No mesmo ateliê, Brecheret deu início àquela que é considerada sua maior obra: o Monumento às Bandeiras.
“O Ateliê de Brecheret” pode ser conferida de terça a domingo, das 9h às 17h, no piso superior do Museu Catavento. Para garantir o ingresso, acesse: www.museucatavento.org.br.