“Diálogos com cor e luz” é a nova exposição em cartaz do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), que traz um recorte da arte abstrata brasileira a partir de mais de 70 obras de artistas como Abraham Palatnik, Alfredo Volpi, Lygia Clark, Tomie Ohtake e Paulo Pasta.
A mostra, que tem curadoria de Cauê Alves e Fábio Magalhães, fica em exposição até 28 de maio, na Sala Paulo Figueiredo, apresentando as relações entre cor e luz na pintura brasileira da segunda metade do século 20.
O corpo da exposição é formado por pinturas dos artistas Abraham Palatnik, Alfredo Volpi, Almir Mavignier, Amelia Toledo, Arthur Luiz Piza, Cássio Michalany, Hermelindo Fiaminghi, Lothar Charoux, Luiz Aquila, Lygia Clark, Manabu Mabe, Marco Giannotti, Maria Leontina, Maurício Nogueira Lima, Mira Schendel, Paulo Pasta, Rubem Valentim, Sérgio Sister, Takashi Fukushima, Thomaz Ianelli, Tomie Ohtake, Wega Nery e Yolanda Mohalyi.
“A exposição trata da sensibilidade cromática, dos campos de vibração de luz e da temporalidade, assim como da construção de espaços e atmosferas a partir da cor”, explica Cauê Alves, curador-chefe do MAM. “Agrupamos no espaço várias gerações de artistas, sem privilegiar tendências nem estabelecer ordem cronológica. Misturamos tempos e linguagens, para incentivar nosso olhar à percepção de semelhanças e diferenças entre as várias poéticas visuais nos diversos tratamentos da luz e da cor”, completa Fábio Magalhães, membro do conselho do MAM São Paulo.
A expografia realizada pelo arquiteto Haron Cohen dividiu a Sala Paulo Figueiredo com painéis radiais, em referência ao disco de cores, um experimento óptico de Isaac Newton (1643-1727) publicado em 1707 em seu livro Opticks. Na publicação, o matemático e físico inglês demonstra, por meio de um disco de sete cores (vermelho, violeta, azul índigo, azul ciano, verde, amarelo e laranja), sua teoria de que a luz branca do Sol é formada pelos matizes do arco-íris.
A curadoria trouxe ao público a cor e a luz como expressões autônomas, como valores em si mesmas, e não como algo que busca representar ou estabelecer relações de similitude com o mundo real – o azul do céu, por exemplo.
“Na pintura abstrata, há múltiplas abordagens de cor e luz como linguagem pictórica: de harmonia, ruptura, contraste, continuidade, complementariedade, variação tonal e vibração, entre tantas outras formas de expressão. A luz estabelece as tonalidades e atua nas relações cromáticas e na construção do espaço”, explica Magalhães.
“Diálogos com cor e luz” integra uma programação de comemorações do MAM, com os 75 anos do museu e os 30 anos de seu Jardim de Esculturas.
Serviço
Diálogos com cor e luz
Período expositivo: até 28 de maio de 2023
Curadoria: Cauê Alves e Fábio Magalhães
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo, Sala Paulo Figueiredo | Parque Ibirapuera – Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3
Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30)
Ingressos: R$25,00 inteira e R$12,50 meia-entrada. Aos domingos, a entrada é gratuita e o visitante pode contribuir com o valor que quiser