“O Banquete no Éden”, do Grupo Trapo, estreia às 20h do dia 26 de janeiro no Teatro Arthur Azevedo trazendo ao palco um estilo pautado pela investigação corporal. Dirigido e concebido por Muriel Vitória, o espetáculo traz à cena o mito do Jardim do Éden para refletir sobre o que somos e sobre a forma como nos relacionamos nos dias atuais, se debruçando sobre histórias que estão no cerne da formação humana e na construção de paradigmas para questionar significados, seja do amor, da desobediência, do sexo, da liberdade ou da morte.
Para desenvolver o enredo de “O Banquete no Éden”, o grupo fez intensa pesquisa de linguagens que passa pelo happening, pelo teatro performático, pelas artes plásticas, pelo audiovisual e pela técnica de investigação corporal. O espetáculo questiona a maneira como as tradições, os mitos e as histórias atravessam gerações, sendo capazes de influenciar e gerar padrões de comportamento que garantam a ‘evolução’ da humanidade.
Incorporando elementos da arte contemporânea ao teatro, como a performance e a dança, “O Banquete no Éden” oferece espaço à improvisação, gerando um conjunto simultâneo de informações que mantêm a atenção do público em todos os momentos. Em dois atos, sem enredo linear, todas as personagens permanecem em cena. O primeiro ato traz o mito em situações que remetem à contemporaneidade, mostrando como ele reverbera no caminhar da civilização. No segundo, os mitos do Éden experienciam a convivência, o nascimento dos sentimentos e dos conflitos. É perceptível uma interconexão entre os ambientes principais representados, sugerindo que a natureza humana não alterou sua complexidade conflituosa, independentemente do tempo histórico. E atesta que, dos primórdios da humanidade até a contemporaneidade, os conflitos humanos permanecem essencialmente os mesmos.
O diretor argumenta que “nesse sentido, há sempre a possibilidade de superação dos pecados, inerentes à natureza humana, pela necessidade de libertação de tudo aquilo que nos aprisiona e, sobretudo, pela solidariedade, independentemente do tempo/espaço”. E finaliza dizendo que “o espectador de O Banquete no Éden precisa também ter a mente libertária ou, pelo menos, tolerante para que possa sentir as dores inerentes à condição humana e ainda, essencialmente, usufruir dos prazeres que tal condição pode proporcionar a todos nós”.
Ficha técnica
Direção e concepção: Muriel Vitória. Intérpretes: Gui Vieira (Caim), Lis Santos (Lilith), Marília Luiz (Sara), Pedro Gonçalves (Adão), Suellen Santos (Eva), Well Nascimento (Umbra) e Zé Carlos de Oliveira (Abel). Direção de produção: Diego Brito. Iluminação: Jotappe Silva. Cenografia: Heron Medeiros. Fotografia: Marina Bisco. Social media: Lis Nunes. Vídeo: Isabela Fausferr. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Produção artística: Diego Brito e Edi Costa.
Sinopse
O espetáculo reflete sobre o que o mito do Jardim do Éden teria a nos dizer sobre o que somos e a forma como nos relacionamos nos dias atuais. O Grupo Trapo debruça-se sobre histórias que estão no íntimo da nossa formação e da construção de paradigmas para questionar significados: do amor, da desobediência, do sexo, da liberdade e da morte.
Serviço
O Banquete no Éden
Temporada: 26 de janeiro a 18 de fevereiro – Sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 18h
Onde: Teatro Arthur Azevedo | Avenida Paes de Barros, 955 – Mooca. São Paulo/SP
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada) | Compre online | Bilheteria: 1h antes das sessões
Duração: 60 minutos. Gênero: Drama / Performance
Classificação indicativa: 18 anos (nudez explícita, violência, linguagem inapropriada).