O CAMAREIRO

De Tarcílio de Souza Barros

Divulgação

O Camareiro é uma das peças mais celebradas e montadas em todo o mundo. Faz uma impecável análise sobre a intimidade daqueles que devotam suas vidas aos bastidores e camarins dos teatros.

O texto de autoria de Ronaldo Harwood se mostra sensível, delicado e deixa transparecer grande dose de bom humor. O dramaturgo homenageia aqueles que dedicam sua vida para que o teatro exista.

O ‘plot’ se passa durante a segunda guerra mundial, na Inglaterra, quando um ator de teatro à beira de um colapso nervoso luta no limite de suas forças para interpretar mais uma vez O Rei Lear, de Shakespeare. Senil e debilitado, conta com Norman, seu dedicado camareiro, que desdobra-se para atender seu patrão. Cuida de sua saúde, ajuda a lembrar das falas, e faz de tudo para confortar o ator, pois são servidores de algo maior: o teatro.

O autor britânico Ronald Harwood cria uma metáfora sobre a dificuldade de se fazer escolhas, continuar ou desistir. Fala sobre dedicação, devoção, paixão e em sua peça teatral mostra o avesso do teatro, seus bastidores e intimidade.

Direção cuidadosa de Ulysses Cruz, um dos mais renomados diretores da cena teatral brasileira, reuniu excelente elenco secundado por dois consumados atores Tarciso Meira e Cássio Scapin conseguindo impecável encenação.

Tarciso Meira em sua primeira aparição na peça O Camareiro, em magistral interpretação como O Rei Lear, equaciona ser este trabalho um dos melhores do ano. Imponente, largo gestual, movimentação física, firmeza nas falas, expressão emocional de conflitos interiores.

Um rei combalido sustenta-o seu fiel camareiro Norman. Embora exerça tamanha dedicação não vê seus esforços reconhecidos. Antes de morrer o Rei escreveu um Diário concedendo à uns e outros benesses em seu testamento; à Norman sequer uma só palavra de reconhecimento por serviços prestados por longos anos.

Inteligentes soluções do diretor Ulysses Cruz como o posicionamento do Rei Lear frente à uma hipotética platéia, uma tênue cortina o separa mostrando que se passa no “wings” bastidores, ficando essa para os reais espectadores.

Essa encenação se revelou como supra sumo da autentica criação artística. Não contou com nenhuma verba oficial, tampouco de “sponsors”, sendo produzida e levada à cena para comprovar a dedicação e a paixão de atores consumados ao teatro.

Para sustentação do espetáculo trouxe André Cortez na cenografia, elaborados figurinos de época de autoria de Beth Filipecki e Ronaldo Machado e luz incidental de Domingos Quintiliano. Elaborada trilha sonora composta por Rafael Langoni vivência passagens dramáticas do enredo.

Ao final da performance, espectadores de pé na platéia aplaudiam calorosamente os atores por uma representação que pode ser considerada uma das melhores do ano.

Serviço ao leitor:

Peça teatral: O Camareiro

Texto: Ronald Harwood

Direção: Ulysses Cruz

Onde Teatro FAAP (486 Lugares)

R. Alagoas, 903 – Higienópolis

Quando: Sexta e Sáb. às 21h/Dom. às 18h.

Quanto: R$100 e R$120

Duração: 120 min. com intervalo – Classificação: 12 anos – Gênero: Drama

Até: 15/12

Avaliação: Excelente

O Camareiro é uma das peças mais celebradas e montadas em todo o mundo. Faz uma impecável análise sobre a intimidade daqueles que devotam suas vidas aos bastidores e camarins dos teatros.

O texto de autoria de Ronaldo Harwood se mostra sensível, delicado e deixa transparecer grande dose de bom humor. O dramaturgo homenageia aqueles que dedicam sua vida para que o teatro exista.

O ‘plot’ se passa durante a segunda guerra mundial, na Inglaterra, quando um ator de teatro à beira de um colapso nervoso luta no limite de suas forças para interpretar mais uma vez O Rei Lear, de Shakespeare. Senil e debilitado, conta com Norman, seu dedicado camareiro, que desdobra-se para atender seu patrão. Cuida de sua saúde, ajuda a lembrar das falas, e faz de tudo para confortar o ator, pois são servidores de algo maior: o teatro.

O autor britânico Ronald Harwood cria uma metáfora sobre a dificuldade de se fazer escolhas, continuar ou desistir. Fala sobre dedicação, devoção, paixão e em sua peça teatral mostra o avesso do teatro, seus bastidores e intimidade.

Direção cuidadosa de Ulysses Cruz, um dos mais renomados diretores da cena teatral brasileira, reuniu excelente elenco secundado por dois consumados atores Tarciso Meira e Cássio Scapin conseguindo impecável encenação.

Tarciso Meira em sua primeira aparição na peça O Camareiro, em magistral interpretação como O Rei Lear, equaciona ser este trabalho um dos melhores do ano. Imponente, largo gestual, movimentação física, firmeza nas falas, expressão emocional de conflitos interiores.

Um rei combalido sustenta-o seu fiel camareiro Norman. Embora exerça tamanha dedicação não vê seus esforços reconhecidos. Antes de morrer o Rei escreveu um Diário concedendo à uns e outros benesses em seu testamento; à Norman sequer uma só palavra de reconhecimento por serviços prestados por longos anos.

Inteligentes soluções do diretor Ulysses Cruz como o posicionamento do Rei Lear frente à uma hipotética platéia, uma tênue cortina o separa mostrando que se passa no “wings” bastidores, ficando essa para os reais espectadores.

Essa encenação se revelou como supra sumo da autentica criação artística. Não contou com nenhuma verba oficial, tampouco de “sponsors”, sendo produzida e levada à cena para comprovar a dedicação e a paixão de atores consumados ao teatro.

Para sustentação do espetáculo trouxe André Cortez na cenografia, elaborados figurinos de época de autoria de Beth Filipecki e Ronaldo Machado e luz incidental de Domingos Quintiliano. Elaborada trilha sonora composta por Rafael Langoni vivência passagens dramáticas do enredo.

Ao final da performance, espectadores de pé na platéia aplaudiam calorosamente os atores por uma representação que pode ser considerada uma das melhores do ano.

Serviço ao leitor:

  • Peça teatral: O Camareiro
  • Texto: Ronald Harwood
  • Direção: Ulysses Cruz
  • Onde Teatro FAAP (486 Lugares)
  • R. Alagoas, 903 – Higienópolis
  • Quando: Sexta e Sáb. às 21h/Dom. às 18h.
  • Quanto: R$100 e R$120
  • Duração: 120 min. com intervalo – Classificação: 12 anos – Gênero: Drama
  • Até: 15/12
  • Avaliação: Excelente

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