“O que não se vê – Rhizomatiks” estreia amanhã na JHSP

Imagem de divulgação

Começa amanhã, 12, a exposição “O que não se vê – Rhizomatiks” na Japan House São Paulo (JHSP). A mostra inédita e interativa com entrada gratuita apresenta o trabalho de um dos principais grupos criativos do Japão, reconhecido mundialmente por projetos que estudam a confluência entre a tecnologia, análises de bancos de dados e a expressão humana por meio da arte.

A exposição reúne três instalações: Sensing Streams 2022 – invisible, inaudible (Ryuichi Sakamoto e Daito Manabe); optical walls (Yoichi Sakamoto) e ‘Gold Rush’ – Visualization + Sonification of OpenSea activity, além da seção Rhizomatiks Archive & Behind the Scenes, que traz uma seleção de dispositivos criados pelo grupo japonês ao longo de seus 15 anos de atividade.

Durante a mostra, os visitantes poderão vivenciar interação, imersão e contemplação logo ao adentrar o térreo da casa. Começando pela instalação ‘Sensing Streams 2022 – invisible, inaudible’ – desenvolvida por Daito Manabe, um dos fundadores do Rhizomatiks, em colaboração com o músico japonês Ryuichi Sakamoto, a obra detecta ondas eletromagnéticas por meio de uma antena e torna visíveis e audíveis as diferentes frequências dessas ondas em tempo real por meio de uma grande tela de LED, de mais de 10m² com alta definição e alto-falantes. A partir daí, o público é convidado a interagir com a obra, mudando a frequência e o comprimento de onda com um controlador manual. Além disso, as imagens e sonoridades são alteradas em tempo real, a partir das ondas que estão presentes no local, incluindo aquelas vindas dos smartphones.

Já “Optical Walls”, instalação criada pelo engenheiro de hardware do Rhizomatiks, Yoichi Sakamoto, em colaboração com a empresa química Mitsui Chemicals, traz um jogo de luzes de LED atravessa as lentes dispostas em uma sala escura enevoada criando um espaço segmentado pela luz. A luz difusa de LED neste ambiente cria paredes de luz que pairam no ar ou remete a imagem de portas se abrindo no escuro.

Por fim, a obra “Gold Rush” é focada no universo digital, em especial no movimento dos NFTs e da CryptoArt, e provoca uma reflexão sobre os desafios da “corrida pelo ouro” moderna. O trabalho audiovisual surgiu das inúmeras pesquisas do coletivo em seu “CryptoArt Experiment”, plataforma desenvolvida pelo Rhizomatiks como um mercado para a compra de CryptoArt.

Bem no meio dessa fronteira entre economia, tecnologia e arte, “Gold Rush” é um registro das 24 horas anteriores e posteriores ao dia 11 de março de 2021, data em que a obra “Everydays: The First 5000 Days”, do artista norte-americano Beeple, foi vendida pela casa de leilões britânica Christie’s por US$69.346.250,00 – um marco para a história das NFTs e da arte. Buscando refletir sobre a estética do NFT, que possui regras, lógica e estrutura totalmente diferentes das que são encontradas no mercado de arte existente no mundo físico, Daito Manabe analisou e tornou visível os dados da transação comercial dentro do OpenSea (plataforma de negociação de NFTs) – durante o dia no qual a obra supramencionada foi arrematada.

Para a diretora cultural da Japan House São Paulo e curadora da exposição, Natasha Barzaghi Geenen, “essa obra não chama a atenção apenas para um assunto tão atual quanto os NFTs, criptomoedas e blockchains, mas dá visibilidade para o dinamismo das relações virtuais e suas tantas possibilidades”.

Sobre o Rhizomatiks

Fundado em 2006, explora as possibilidades de novas formas de expressão e de tecnologia, apresentando trabalhos inovadores por meio de projetos centrados em pesquisa e desenvolvimento, além de obras e projetos colaborativos com outros artistas e pesquisadores. Movendo-se livremente entre o universo digital e real, sua atuação contempla diversas áreas como artes, mídia, publicidade e entretenimento, arquitetura, desenvolvimento urbano e planejamento e operação de softwares e hardwares.

Dentre seus projetos mais conhecidos está a constante colaboração com os grupos musicais japoneses ELEVENPLAY e Perfume, além da performance ao vivo que combinava realidade virtual com computação gráfica, apresentada no encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Rio de Janeiro.

Serviço

Exposição “O que não se vê – Rhizomatiks”

Período: de 12 de julho a 2 de outubro de 2022

Custo: entrada gratuita

A exposição conta com recursos de acessibilidade

Reserva online antecipada (opcional): https://agendamento.japanhousesp.com.br

Endereço: Avenida Paulista, 52 – Bela Vista, São Paulo

Horário de funcionamento: 

Terça a sexta-feira, das 10h às 18h

Sábados, das 9h às 19h

Domingos e feriados, das 9h às 18h

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