Pinacoteca exibe mostra “Lenora de Barros: Minha Língua”

Está em cartaz no Edifício Pina Luz a exposição “Lenora de Barros: Minha Língua”, que discute as relações entre corpo e linguagem, trazendo desde trabalhos do início de sua trajetória até um comissionamento produzido especialmente para a ocasião, incluindo ainda produções icônicas como “Poema” (1979) e a série “Procuro-me” (2003).

Com curadoria de Pollyana Quintella, a exposição reúne cerca de 40 obras da artista visual paulistana, que usa a fotografia, o vídeo, a instalação e a performance como suporte, com peças como “Homenagem a George Segal” (1975-2014) – obra emblemática da sua produção, fruto de um trabalho escolar que criticava a sociedade de consumo tomando como inspiração as expressões das obras do escultor homônimo, além de apresentar um trabalho inédito comissionado especialmente para a mostra intitulado “A cara. A língua. O ventre.” (2022), um video composto de três atos (em p&b e cor) em que Lenora explora diferentes situações com argila em diálogo com seu próprio corpo, partindo de significantes que já compõem o repertório de sua obra, como o rosto expressivo, a língua ambígua (a um só tempo órgão e idioma) e o ventre feminino.

A exposição foi organizada em estreito diálogo com a mostra “Pinacoteca: acervo” – que consiste na nova montagem do acervo do museu, inaugurado em outubro de 2020, levando em conta que em 2022, o país celebra o centenário da Semana de Arte Moderna e o bicentenário de sua Independência.

Sobre Lenora De Barros

Lenora de Barros (1953, São Paulo), onde vive e trabalha. Tem como suporte a fotografia, vídeo, instalação e performance. Realizou exposições individuais e coletivas em instituições conceituadas como o Centro Universitário Maria Antonia (São Paulo), o Paço Imperial (Rio de Janeiro), o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a Casa Daros (Rio de Janeiro), o Centro Cultural Banco do Nordeste (Fortaleza), a Fundação Proa (Buenos Aires), a Trienal Poli/Gráfica de San Juan de 2012, a Bienal de Lyon de 2011, as 29.ª, 24.ª e 17.ª Bienais de São Paulo, a 7.ª e 5.ª Bienais do Mercosul (Porto Alegre), o Museu da Cidade de Lisboa. Suas obras fazem parte das coleções do Museu d’Art Contemporani de Barcelona, da Daros Latinoamerica, do Museu de Arte Moderna de São Paulo e do Centro Cultural São Paulo. Formada em linguística pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP) na década de 1970, Lenora inicialmente explorou a palavra em forma de texto. Trabalhou em importantes veículos de comunicação, como o Jornal da Tarde, em que, entre 1993 e 1996, escrevia semanalmente uma coluna experimental.

Serviço

Lenora de Barros: Minha Língua

Período expositivo: de 08 de outubro de 2022 até 09 de abril de 2023

Onde: Edifício Pina Luz | Praça da Luz, 2, Bom Retiro, São Paulo, SP

Ingressos: Compre aqui

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