São Paulo ganha novo espaço cultural na Luz 

Imagem de divulgação

 

São Paulo acaba de ganhar mais uma instituição cultural: a Pinacoteca Contemporânea. O espaço foi pensado para integrar o Parque da Luz e aos bairros do Bom Retiro e da Luz e conta com Biblioteca, Centro de Documentação, Ateliês Educativos Café e Loja.

O público pode conferir duas exposições inaugurais: “Quase Coloquial”, da artista sul-coreana Haegue Yang, e “Chão da praça: obras do acervo da Pinacoteca”. 

Com potencial para receber até 1 milhão de visitantes por ano, o edifício conta com uma grande praça pública coberta, com 1.339,2 m², dois ateliês para atividades educativas, a loja do museu e um pavilhão onde está localizada a Galeria Praça, com 200 m², que recebe a exposição “Haegue Yang: Quase Coloquial”. Com 1.000m², a Grande Galeria, situada no subsolo, recebe a mostra “Chão da Praça: obras do acervo da Pinacoteca”. Um mezanino com vista para o parque da Luz, onde está localizada a cafeteria, complementa o projeto do edifício, criando um ambiente que cumpre os requisitos fundamentais para um museu do séc. XXI, ao mesmo tempo em que é amigável, inclusivo e acessível. No prédio está também a Biblioteca da Pinacoteca de São Paulo e o Centro de Documentação do Museu.

Com uma programação integrada entre os prédios, em 2023 a Pinacoteca de São Paulo seguirá apresentando uma consistente pesquisa em torno de nomes históricos e contemporâneos da arte brasileira em diálogo com renomados artistas internacionais, dando visibilidade para uma multiplicidade de linguagens, temas e produções.

 

Sobre as exposições

A primeira grande mostra da artista sul-coreana Haegue Yang na América Latina, “Quase Coloquial” tem curadoria de Jochen Volz e inaugura a Galeria Praça, na Pinacoteca Contemporânea. A exposição consiste em cinco grupos de trabalhos baseados em larga pesquisa conceitual da artista reconhecida pela prática que passa por esculturas, instalações, obra em papel, fotografia e vídeo. Investigando o estudo coletivo sobre forma, funcionalidade e racionalidade, a artista dialoga com a história da cultura brasileira em obras como Cantos empilhados (2022) e a colagem Estrangeiro Coloquial (2021), trabalho desenvolvido especialmente para esta exposição.

Com coordenação curatorial de Ana Maria Maia, curadora chefe da Pinacoteca, e Yuri Quevedo, a mostra “Chão da Praça: obras do acervo da Pinacoteca”, reúne cerca de 60 obras do acervo de arte contemporânea, em montagem pautada pelo desejo de falar sobre narrativas de atravessamento, vizinhanças e transcendências. Apresentando artistas diversos, pertencentes a diferentes gerações, perfis identitários, regiões do país e circuitos de produção,  obras como Parede da memória (1994-2015), de Rosana Paulino, Máscara de ritual Tukano I, de Duhigó e Estrutura dissipativa / Gangorra (2013), de Rommulo Vieira Conceição podem ser vistas na Grande Galeria.

Na performance Modificação e apropriação de uma identidade autônoma (1980), de Gretta Sarfatty (Atenas – Grécia, 1954), o deslocamento individual de uma mulher destitui as camadas de um cubo confeccionado para abarcar (e, nesta medida, comportar) seu corpo e sua subjetividade. Esta performance será apresentada na abertura da exposição. Nesta ocasião, não é a própria Gretta que se apresentará, mas a também artista Val Souza, convidada a interpretar o roteiro histórico, trazendo-o para seu corpo e sua experiência.

 

Serviço

Onde: Av. Tiradentes, 273 – Luz, São Paulo/SP

Funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 18h

Ingresso: Inteira, R$20,00 – meia: R$10,00

Veja também