Com a flexibilização do Plano São Paulo, a programação cultural presencial enfim está retornando e as atividades do Sesc São Paulo não poderiam ficar de fora. A partir da próxima terça-feira, 11, o público poderá visitar gratuitamente, com horário previamente agendado, dez exposições nas unidades da capital, da Grande São Paulo e do interior.
A programação conta com mostras inéditas como “Viver até o fim que me cabe!” – Sidney Amaral: uma aproximação, que sob a curadoria de Claudinei Roberto da Silva reúne diversos trabalhos do artista brasileiro falecido precocemente, e “reAlices: narrativas artevisuais”, com interpretações de oito artistas visuais sobre capítulos do livro “Alice no País das Maravilhas”.
Na capital, o público tem a oportunidade de visitar ainda as últimas semanas de cinco exposições que abriram no final do ano passado, entre elas: Infinito Vão: 90 Anos de Arquitetura Brasileira, que traz um recorte da história da arquitetura nacional por meio de obras e projetos arquitetônicos de 96 figuras emblemáticas do setor, como Lina Bo Bardi, Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Vilanova Artigas e Paulo Mendes da Rocha; e Oficina Molina – Palatnik, que propõe um diálogo entre a obra de Abraham Palatnik (1928-2020) e Mestre Molina (1917-1998), nomes emblemáticos da história da arte brasileira que integram o Acervo Sesc de Arte.
Para garantir o cumprimento dos protocolos sanitários, as visitações acontecerão com horário reduzido e com ocupação máxima de ate 25% da capacidade de cada unidade. Por isso é necessário o agendamento prévio através do site se scsp.org.br/ exposicoes. Vale lembrar que o uso de máscaras de proteção é obrigatório durante todo o período de permanência no local.
Além da retomada de visitas presenciais agendadas às exposições, o Sesc São Paulo oferece também, na plataforma Sesc Digital, a possibilidade de acesso, de forma online, a diversos conteúdos das mostras exibidas nas unidades da instituição. São materiais criados com o objetivo de complementar a experiência dessas exposições. O público pode acessar vídeos-passeio, entrevistas com artistas e curadores, séries, reproduções de obras, catálogos e publicações educativas tanto de exposições que estavam em cartaz nos últimos meses – e cujo acesso teve alcance restrito, em função das medidas de combate à COVID-19 – quanto de mostras realizadas em outros anos.
PROGRAMAÇÃO
Sesc 24 de Maio
Infinito Vão: 90 Anos de Arquitetura Brasileira
A exposição traz ao público um recorte da história da arquitetura brasileira a partir de obras e projetos de 96 arquitetos emblemáticos do país, como Lina Bo Bardi, Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Vilanova Artigas e Paulo Mendes da Rocha. Com curadoria de Fernando Serapião e Guilherme Wisnik, a mostra compreende desde a conclusão da primeira das três casas modernistas de Gregori Warchavchik (1928) até o presente.
Curadoria: Fernando Serapião e Guilherme Wisnik.
Período expositivo: até 27 de junho de 2021.
Sesc Avenida Paulista
Oficina Molina – Palatnik
Dois artistas conectados pelo apreço ao lúdico e pelo prazer da invenção – assim são Abraham Palatnik (1928-2020) e Mestre Molina (1917-1998), nomes emblemáticos da história da arte brasileira que integram o Acervo Sesc de Arte. Um diálogo entre suas produções artísticas é exibido ao público na mostra Oficina Molina – Palatnik, em cartaz até 29 de maio no Sesc Avenida Paulista. Neste encontro, o diálogo poético entre as obras de diferentes épocas da trajetória de Palatnik e Molina evidencia que a ação de um objeto no espaço e no tempo, o movimento, é matéria plástica de inegável qualidade sensível. Ambos compartilham ainda de um mesmo período histórico, embora sejam lidos em diferentes chaves estéticas: o popular e o erudito.
Período expositivo: até 29 de maio de 2021.
Sesc Consolação
Países Espelhados: objetos, imagens, sabores, memórias – encontros culturais entre o Brasil e nações africanas de língua portuguesa
Por meio de imagens, objetos e obras de arte e artesanato, têxteis, música, lendas e histórias das tradições oral e escrita, e culinária, a exposição apresenta as trocas culturais entre os países lusófonos Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Curadoria: Renato Imbroisi.
Período expositivo: até 26 de junho de 2021.
Sesc Osasco
Distraídos Venceremos
Fruto de uma pesquisa da poeta, compositora e curadora Alice Ruiz, a mostra homenageia a trajetória de Paulo Leminski (1944 – 1989) e marca três décadas de seu falecimento. O projeto gráfico assinado pelo artista Miguel Paladino traz uma espécie de jogo de luzes que revela os poemas paulatinamente – artifício que se evidencia ainda mais ao entardecer. Na instalação inédita, constam uma série de poemas do escritor curitibano, um autêntico representante da poesia marginal e aclamado pela crítica como um dos mais expressivos poetas de sua geração.
Sesc Santana
Conflito, insurgências e resistências
A mostra, com obras de Regina Parra, Mulambö, Denilson Baniwa e do Coletivo Trovoa, encerra o ciclo de exposições livremente inspiradas pelo livro Os Sertões, de Euclides da Cunha, tendo sido pensada a partir do último trecho do livro escrito pelo jornalista, que registra o confronto ocorrido em Canudos (1896-1897).
Período expositivo: até 27 de junho de 2021.
Sesc Santo Amaro
Trabalhadores Ilustrados
O trabalho ocupa um espaço na vida das pessoas que, por vezes, se confunde com a própria noção de identidade. A partir desta premissa, a mostra apresenta ilustrações – especialmente a partir da produção literária brasileira de meados do século 20 – focando em obras nas quais os personagens têm suas trajetórias de algum modo relacionadas a seus trabalhos.
Curadoria: Chico Homem de Melo.
Período expositivo: até 26 de julho de 2021.
Sesc Santo André
reAlices: narrativas artevisuais
Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, é um dos grandes clássicos da literatura mundial, derivando em filmes, obras de arte, animações e muitas outras produções que ocupam o imaginário coletivo. O Sesc Santo André apresenta uma mostra que traz a interpretação artística de oito artistas – Guta Moraes, Mauro Yamaguti, Renan Santos, Nicole Bustamante, Mariana Ser, Ariádine, Alex Rodrigues e Daniel Esteves – sobre a obra literária. Esse é o mote de reAlices: narrativas artevisuais. A exposição foi desenhada para transformar a galeria da unidade em uma porção de páginas imaginadas pela personagem título do livro. A ativação do espaço da unidade também colabora com a ideia da narrativa, já que se trata de um grande corredor, onde é possível imaginar um caminho cronológico transformado de acordo com os espaços em que Alice passa.
Período expositivo: até 30 de julho de 2021
Sesc Jundiaí
“Viver até o fim que me cabe!” – Sidney Amaral: uma aproximação
A exposição inédita “Viver até o fim o que me cabe!” – Sidney Amaral: uma aproximação homenageia a trajetória do artista Sidney Amaral (1973 – 2017). Com curadoria de Claudinei Roberto da Silva, a exposição reúne trabalhos que transitam entre as linguagens do desenho, da pintura e da escultura, além de cadernos do artista e obras em processo. Sidney Amaral pertenceu a uma geração de jovens artistas afro-brasileiros contemporâneos que trouxeram ao público e à crítica especializada uma produção potente, de qualidade formal, com grande densidade e com acurada crítica social..
Curadoria: Claudinei Roberto da Silva
Período expositivo: até 4 de setembro de 2021.
Sesc Piracicaba
15ª Bienal Naïfs do Brasil: Ideias para Adiar o Fim da Arte
Com a participação de mais de 100 artistas de diferentes regiões do país, a 15ª Bienal Naïfs do Brasil traz discussões sobre temas como meio ambiente; o feminino como força social, como divindade e como figura do sagrado; as violências estruturais históricas; os espaços de coletividade e sociabilidade em ritos, festas e cerimônias; e o debate sobre objetualidade e utilidade.
Curadoria: Ana Avelar e Renata Felinto.
Período expositivo: até 25 de julho de 2021.
Sesc Taubaté
#OcupaSacy
Por meio de uma cenografia lúdica e interativa, a exposição apresenta ao público de todas as idades as lendas, histórias e curiosidades acerca da figura do Sacy. A exemplo da ortografia que ora aparece com “y” ora com “i”. Segundo Rudá K. Andrade, curador da mostra, a palavra Sacy tem origem no tupy-guarani (Çaacy) e significa “olho de mãe” (Çaa significa “olho” e Cy, é mãe”). A exposição recria uma fazenda com elementos que refletem uma atmosfera de encantamento e imersão na fantasia do Sacy.
Curadoria: Rudá K. Andrade.
Previsão de encerramento: 30 de maio de 2021