Recentemente o Casa Mar, um hub criativo com sede em Salvador, lançou a websérie “Iê acarajé”. Composta por quatro episódios, a websérie homenageia as baianas do acarajé a partir de histórias de cinco mulheres que se dedicam ao ofício. Além disso, ela também aborda as incertezas da profissão frente à pandemia.
Com roteiro e direção de Mariana Jaspe, e direção de fotografia de Lucas Raion, a websérie conta com trilha sonora do Duo B.A.V.I. e produção de Gordo Calasans. Em seus quatro episódios, a narrativa apresentará o trabalho das baianas Ubaldina, Dinha, Elaine, família Miranda, Taty e Marluce sob diferentes perspectivas, mostrando como essas mulheres se descobriram na profissão, junto à herança familiar, acordos coletivos, oportunidade de empreender e contato com a religiosidade que ela pode proporcionar, além de sua importância cultural, gastronômica e histórica para o país.
Hoje o ofício baiana do acarajé é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como Patrimônio Cultural do Brasil. A prática tem como protagonista o acarajé, elemento simbólico e constituinte da identidade baiana, com forte ligação às religiões de matriz africana, que simboliza uma das mais importantes contribuições africanas à identidade do país, revelando uma cultura afro-brasileira, ancestral e matriarcal.
O nome “Iê acarajé” não foi escolhido sem motivo. Ele faz referência à primeira metade do século XX, quando, segundo o ex-diretor do Centro de estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia, Ubiratan Castro, as famílias aguardavam as mulheres do acarajé passarem em uma espécie de cerimônia às 19h, anunciando a venda de ‘Iê acarajé, Iê abará!’.
Os episódios estão disponíveis no canal do YouTube Casa MAR e no Instagram Casa MAR (@casamar.art) • Instagram photos and videos.